12 janeiro 2016

Amenidades nada amenas

Stud Figuron & VarandaDepois de cinco anos sem pisar no JCSP, voltei a faze-lo neste final de semana que passou.
Desde já, deixo claro que rever os amigos que há muito não via, não tem preço, mas esse introito elogioso são as únicas linhas afáveis nesta postagem...

O começo já foi torto, porque segui a indicação de alguns amigos e resolvi ir de Metro até o Butantã e depois fazer o caminho por dentro do Jockey. Queria mostrar para minha filha (sim, a Rafaela gosta das corridas) o retão gramado bem de perto. Pois bem, fui barrado pelo porteiro (disse-me que por aquele caminho apenas funcionários e proprietários poderiam entrar). Argumentei que já fui proprietário, tendo modestos 24 cavalos correndo sob a farda do Stud Pituquinha, em um passado não muito distante. Não convenci o rapaz, que talvez tenha sido admoestado por algum gerente, já que dois ou três dias antes, passaram por portarias do JCSP criminosos que explodiram Caixas Eletrônicos.

Ao chegar no santuário que outrora era o Restaurante Charlot , a menos de 15 minutos da realização do primeiro páreo, percebi que no espaço que antes ficavam mesas, cadeiras e máquinas com atendentes para se apostar, não havia nada. Mais pasmo fiquei ao perceber que nem nos camarotes tinha qualquer pessoa. Minha filha perguntou neste momento: "Pai, Cadê os amigos que o senhor disse que tinha?" Alguns chegaram depois, felizmente. Mas aquele ambiente deserto, em que acompanhei o Cânter da primeira prova foi o segundo gosto amargo da tarde, isso que a reunião nem tinha começado.

Mais tarde, dei uma passeadinha pelas dependências do Clube. Incrível, todos os restaurantes fecharam, (com excessão daquele que ocupa a metade do espaço que o Charlot ocupava). Perdi as referências. Sabia que amigos frequentavam tais restaurantes, queria encontrá-los, mas como?

Os páreos se sucediam, modorrentos, sem torcida, sem gritaria, sem emoção. Tudo tão estranho. Será que havia perto de 200 pessoas em todas suas dependências? Que tristeza, Jockey! Vê-lo assim, descaracterizado, despedaçado, sem vida... Você que tem espaço cativo nas minhas recordações. Você que foi palco de minhas maiores emoções. Arena sagrada que abrigou craques de todas as distâncias. Lembro da primeira vitória. Do  único Clássico, vencido com o cavalo Noble Chief e sinceramente choro.

Só me resta torcer por um milagre. Sim, o majestoso hipódromo só escapa da derrocada total, caso um milagre gigantesco ocorra com a máxima brevidade. O fechar as portas arranca duro pelo lado de fora...

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