08 janeiro 2014

Argentina, até quando?

Stud Figuron & VarandaPor El Aragones

Aron e demais amigos do blog,
Recém chegado de uma temporada em Buenos Aires, uma vez mais me pergunto até onde pode ir um país. Com temperaturas médias de 36 graus (as mínimas batiam 29 ),cortes de luz em mais de 20 bairros (por sorte não fui atingido ), indícios de corrupção altos , pobreza inequívoca, inflação altíssima e outras mazelas, a Argentina passa por momentos terríveis os quais não sei se possibilitarão à cúpula kirshnerista chegar a 2015. Curiosamente , porém, também como já relatamos várias vezes, o país apresenta peculiaridades interessantes, senão vejamos:
1) Se você como eu passou o final do ano de 2012 em Buenos Aires e, no  primeiro dia do ano seguinte foi, como eu, ao clube de jazz Notorious, certamente imaginou , como eu, que nada poderia ser melhor para começar o ano do que um show do Swing Summit, até porque se você, como eu, vive na cidade de São Paulo sabe que no dia primeiro do ano nada acontece por aqui. Pois bem se você pensou assim você estava, como eu, completamente equivocado, já que no primeiro dia desse ano o referido clube de jazz apresentou um tributo a Django Reinhart, talvez o maior expoente do jazz gipsy, como bem diria seu maior tiete, o cineasta Woody Allen. Assim, enquanto na maior cidade da américa latina não acontecia nenhuma atração interessante, na pobre Buenos Aires, tomada por cortes de luz, havia uma programação intensa. E mais, se por lá você estivesse no dia 4,  poderia escolher entre um show da cantora Amelita Baltar, na livraria Clássica y Moderna ou  (foi a nossa opção ) um show do excepcional pianista argentino Adrián Iaies e seu quinteto;
2) No início de dezembro , ainda em S P, passei pela " grande " livraria Cultura em  pedi a um atendente que me relatasse quais livros poderia comprar do escritor cubano Leonardo Padura Fuentes, ao que o mesmo me perguntou "Quem" ? Claro está que ele não tinha a menor ideia de quem fosse o mencionado escritor e jamais tinha ouvido falar de tal criatura. Pois bem chegando a B. A., fui a livraria El Ateneo, na Av. Santa Fe e fiz a mesma pergunta a um atendente e a resposta foi imediata, " qual livro deseja?" , para meu espanto citou toda a bibliografia do grande escritor cubano, ganhador de vários prêmios importantes de literatura. Isso pode dar uma idéia de quanto ainda temos a progredir e de como às vezes podemos ser surpreendidos positiva e negativamente.
Portanto, se você está pensando em visitar aquela cidade e está titubeante em função de vários problemas que estão ocorrendo por lá, não se esqueça , sempre há um outro lado. Até quando?

11 comentários:

  1. Amigo Aragonés

    Realmente muito triste ver que os argentinos que já foram catalogados como os europeus da America do Sul, o país de Gardel, da Boemia, da Milonga , de Jose Luis Borges, de Evita Perón, de Che Guevara, de Quino e que hoje mesmo tendo o Papa Francisco, tem igrejas dedicadas ao Deus Maradona e a Virgem Messi, um povo que na sua essencia ainda continua culto, ainda existe aquela nobreza do começo do Seculo XX em Buenos Aires,politizados e atados, nem os famosos cacerolaços fazem que a Sra Cristina Fernandez de Kirchner deixe de fazer mazelas, hoje o país está assolado pela corrupçao e desordem, em Cordoba o povo saiu a saquear Supermercados e comercios locais , gente comum, pobre e classe media mostrando sua indignação, mas mesmo assim ainda podemos vivenciar que cultivam o prazer da leitura, muito mais que os brasileiros, e por isso o amigo encontra um bom livro desse novelista cubano que esse ano esteve no Chile divulgando seu livro Herejes.
    Amigo que bom que está de volta ao Brasil e espero esse ano poder tomar aquele café em sua cia. e também fazer parte do grupo Che Barbaro .
    abs.

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    1. Querido Márcio,
      Agradeço seus sempre pertinentes comentários e aproveito para dizer-lhe que Herejes é uma obra prima. Beijos na dama Nela e no Santi.

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  2. Deixando de lado a tradicional rivalidade entre brasileiros e argentinos é impossível não admirar nos "hermanos" essa capacidade de manter intacto, em meio às crises, esse seu apetite cultural (que pode ser estendido também às praticas esportivas, de um modo geral). A história recente do povo argentino, especialmente da segunda metade do século passado para cá, é repleta de períodos de incerteza no cenário político/econômico. A capacidade de submergir também (até uma guerra, a das Malvinas, e seus terríveis desdobramentos, foi superada). Esse dois anos finais de mandato da Cristina Kirchner realmente parecem complicados (derrotas eleitorais nos principais centros, inflação, desemprego, alguns saques, reflexo da implantação da Ley de Médios, etc). Mas com certeza encontrarão a saída. Enquanto isso, dá gosto ver a classe média fazer fila para reservar ingressos naqueles teatros e cinemas (de rua) da região da Corrientes. Para sessões que muitas vezes começam à meia-noite. Ou a voracidade com que procuram nas centenas (eu disse centenas) de livrarias de Buenos Aires os lançamentos editoriais.
    Tenho muito pouco de intelectual, meu caro El Aragones, tanto é que dos exemplos citados por você, só me liguei até hoje no talento da Amelita Baltar (só ela para fazer frente a Gardel na interpretação de Melodia de Arrabal, um de meus tangos preferidos), mas sou sensível a esse "outro lado" que você aponta no final de seu comentário. Foi o que mencionei também aqui no blog, num post, quando de minha ida ao Pellegrini, em dezembro. Tendo o cuidado de lembra os encantos também dos bares e restaurantes, apreços módicos para brasileiros. Não deixa de ser "pão e circo", mas que seja pelo menos um "panis et circensis", em latim.

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  3. Amigo Laércio,
    Você percebeu muito bem essa dicotomia que existe na Argentina e seus comentários são sempre corretos.
    abraço

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  4. Srs....posso até concordar com o que dizem,porém estamos no Brasil,que apesar dos muitos contras,posso dizer que não encontrei nem na europa nem na africa nem na américa do norte,tamanha solidariedade como a que existe aqui......com relação ao nível educacional,e politizado,depende muito das diretrizes dos governantes,e suas preocupações quanto á cultura e a educação em geral.....abraços

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  5. caro ALBERTO -acho os argentinos um povo q come merda e arrota caviar.Em 1982,eles fizeram uma Guerra insana,querendo enfrentar e tradicional marinha inglesa,país do WINSTON SPENCER CHURCHILL,,,,,que eles tiveram???o demagogo do tal PERON???q merda,,,,,,,perdoem-me los hermanos,mas p enfrentar os ingleses,precisa ter bala na agulha,,,,quanta soberba,prepotencia,,,coitadinhos,,,,,,,mas uma coisa eu admiro----eles valorizm MUITO o turfe!!!!!!!bem mais q nessa pocilga dos petralhas q atende pelo nome de BRASIL.ASS-----------o sumido GUSTAVO LEITE.ARON,LEON,EL ARAGONES,LAERCIO,DEMAIS AMIGOS DO BLOG---------FELIZ 2014!!!!

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  6. Amigo Gustavo

    Nao era o Perón, era uma junta militar que governava esse país, Jorge Galtieri/ Jorge Anaya/ Basilio Dami Lozo que tentaram recuperar as Ilhas Falkland , que os argentinos chamam de Malvinas, nao esperavam que os ingleses viessem e nem que o ditador chileno PInochet ajudasse os ingleses, foi uma guerra rápida e uma vergonha para o povo argentino que foram humilhados pelos ingleses.

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  7. AMIGO ALMIRANTE(CULTO POR SINAL,não é mediocre como eu)---eu escrevi o contexto um pouco confuso.Eu quis dizer---a INGLATERRA teve um grande líder,o Winston Churchill.A Argentina teve quem???um tal PERON,semideus pra muitos de lá,mas q para mim foi um demagogo,,,,,,,,,,quanto á desordem lá,sem comentários,,,,,a Cristina LIXO foi a pá de cal num país moribundo.Como dizia MANOEL BANDEIRA----só resta a eles dançar um TANGO argentino,,,,kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  8. e mais----Argentina desafiar a INGLATERRA,é o mesmo que o TIRIRICA desafiar o VITOR BELFORT,,no mma,,,,somente um débil mental entra na guerra pra perder,,,,,ah,pensar e supor,que a mair estadista de todos os tempos,a magistral,forte,inteligente,dura,verdadeiramente patriota,respeitada até pela esquerda de lá,os trabalhistas,,,,MARGARETH TATCHER,,,,iria deixar,,,simplesmente,,,deeeeeixar????????????kkkkkkkkkkkkkkk a great joke,,,,,,,

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  9. Caro Amigo Gustavo,idem pra vc em dobro no que se refere a 2014....anda sumido mesmo,devo acreditar que prestando seus valiosos e costumeiros serviços de medicina em lugares longínquos e meio que...confinados....hehehehe....grande abraço

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  10. Amigos turfistas paulistas,sera que vamos deixar o turfe carioca arregimentar tudo?até os concursos?o "EMBALA SÃO PAULO"esta aí esperando sua inscrição pra completarmos os 15...tenho certeza que a motiv~ção será grande pois ninguém antes de finda a terceira semana poderá se considerar "ELIMINADO"reconheço que as chamadas do turfe paulista(em virtude da escassez de animais)não tem sido um primor,pois realmente há uma mistura nas enturmações,idades,pesos,distancias,que fazem com que as chegadas tenham muitas possibilidades de vencedores diversos,e que o "train"de corrida,por termos poucos animais em cada paréo,influa mais do que na gávea,onde sempre há bastante cavalos pra irem pro tudo ou nada durante o percurso.....porém as corridas de cidade jardim sempre tiveram seu charme especial,e se faz necessário que 2 concursos (um em cada hipódromo)corram paralelamente......vamos la pessoal>>>>>>>abraços

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