Empeñosa

Por El Aragones

Empeñosa, égua soberba que será homenageada no próximo sábado pelo jcb teve uma campanha espetacular, tanto na Argentina como no Brasil. De um tempo em que os criadores e proprietários eram, no geral, de outra cepa, a filha de Full Sail, com Congreve na linha baixa, deu produtos que foram considerados os melhores de sua geração. Seus proprietários, os irmãos Nelson e Roberto Seabra, filhos de Gervásio Seabra, foram os fundadores do inesquecível Haras Guanabara, que serviu para projetar a criação brasileira no mercado internacional. Foram, sem dúvida. os maiores criadores e proprietários de cavalos de corridas nos anos 50 e 60, talvez jamais igualados. O Guanabara produziu craques nos tempos em que vencer provas na Argentina, por exemplo, era sinonimo de qualidade. O Haras Guanabara , de Bananal, São Paulo, revolucionou a criação brasileira provocando uma renovação na forma de criar cavalos. Seus craques foram tantos que passaríamos horas falando sobre eles, mas como esquecer de Tirolesa, Dulce, Canavial, Lohengrin, Loretta, Embuche, Bucarest, Emocion e Escorial, só para lembrar aqueles que ostentaram na raia a farda verde e preto dos irmãos Seabra? Propositadamente deixamos para o fim o maior de todos, o inigualável Emerson, invicto em 5 apresentações no Brasil. Um Coaraze em Empeñosa, Emerson simplesmente massacrou todos aqueles que tentaram derrotá-lo, seja no Derby carioca, seja no Derby paulista e, para humilhar, no Derby Sul Americano. Como se não bastasse, após esses triunfos foi sindicalizado para a França ( Barão Guy de Rotschild ), tendo lá vencido a estatística de reprodutores, fato que se a memória não me falha, jamais foi repetido por outro cavalo da criação nacional. È pouco? Em nossa opinião os irmãos Seabra , bem como o Haras Guanabara, foram únicos e insuperáveis e Emerson foi, dentre todos, o melhor. Quem duvidar que aponte outro que tenha feito o sucesso nacional e internacional, seja como corredor, seja como reprodutor, que ele fez.