
Na próxima terça-feira, dia 26, celebra-se o centenário daquele que
talvez tenha sido o maior escritor latino americano, refiro-me ao
argentino Júlio Cortázar, festa esta iniciada no ano passado com a
celebração dos 50 anos do clássico "Rayuela" ( Jogo da Amarelinha ).
Nascido na embaixada da Argentina em Bruxelas ( seus pais eram
funcionários por lá ), Cortázar passou apenas 24% do seu tempo de vida
na Argentina, país que conheceu aos 4 anos de idade e que deixou por ter
ganho uma bolsa de estudos do governo francês e por se opor ao governo
ditatorial de Perón. Mas apesar disso, ou por tudo isso, se considerava
um portenho absoluto.
Quando estou em Buenos Aires sempre que posso visito a praça Júlio
Cortázar no bairro de Palermo, que fica no meio da rua Jorge Luis Borges
( é sempre inspirador imaginar os dois conversando ). Na próxima
terça-feira estarei na Livraria da Vila, na Vila Madalena,
para acompanhar uma palestra sobre sua obra e ouvir uma banda de
jazz, uma de suas paixões.
Já em estado terminal Cortázar quis voltar para Paris e em lá
chegando pediu a sua mulher que colocasse para ele ouvir o concerto para
clarineta e orquestra de Mozart, mais especificamente o segundo
movimento. E assim morreu, ouvindo essa maravilha.
Já não se fazem mais escritores e gênios como antigamente.
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