30 setembro 2014

A importância das livrarias

Stud Figuron & VarandaEl Aragones

O jornal britânico The Guardian acaba de eleger a livraria Yenny- El Ateneo em Buenos Aires, mais especificamente na Av. Santa Fe, como a livraria mais bonita do mundo e, aproveitando-se deste fato, o diário argentino Clarin informou que nos últimos 3 anos foram abertas 100 novas livrarias apenas na cidade de Buenos Aires, o que eleva o número total para 400,   mais do que temos no nosso país inteiro. Por lá há uma livraria para 7.645 habitantes, o que explica o interesse do povo portenho pela literatura. Embora não se possa medir o nível cultural de um povo pelo número de livrarias, pode-se imaginar que povo que não gosta de ler torna-se, aos poucos, refém de sua própria ignorância. Na maior e mais rica cidade da América Latina, que é São Paulo, não há nem perto de 400 livrarias e as poucas que resistem contratam atendentes despreparados para a função, como aquele da livraria Cultura que quando perguntado se tinha o livro Brasil, do jornalista Mino Carta, apontou para o segundo andar e disse que livros de História ficavam naquele piso. Talvez isso possa explicar o desinteresse das pessoas em corrigir erros grosseiros cometidos diariamente nos nossos veículos de comunicação, o que nos leva a ouvir Gáudi e não Gaudí (coitado do arquiteto catalão ), " ao nosso ver" e não "a meu ver" e, inacreditavelmente, por duas semanas consecutivas, o uso de "chego" ao invés de "chegado" para o particípio passado do verbo chegar. E, quando animadores de auditório de programas de segunda linha dizem que fazem o que mais gostam, eventuais ouvintes não precisam ouvir tantos atentados  contra a língua portuguesa, todos eles, como um dia já foi dito por ele, cometidos " in a row". Livraria neles!

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