A maldição da fila indiana

Faz tempo que a raia de areia da Gávea está doente, porém se uma doença tem seu ápice, o paroxismo foi conseguido nesta semana. Cavalos ligeiros, com seus jóqueis desesperados, correndo como se fosse penca, loucos para chegar a cerca interna. Poucos tiveram a ventura de conseguir e quem assim não o fez, teve duas possibilidades de percurso, uma pior do que a outra. A primeira, mais sábia, porém já sem o sonho de vitória, foi a de parar seus conduzidos e assim que passasse o trânsito, encostar na abençoada cerca. Com esta técnica, na maioria dos páreos se produziu extensas filas indianas em plena curva, curva esta que é o setor mais crítico na disparidade do estado da areia. Parece incrível, mas baliza dois é sinônimo de areia movediça e quem procurou por esta segunda alternativa e seguiu lado a lado com o ponteiro que corria por dentro, chegou ao disco a perder de vista. Algo precisa ser feito. Se correr tentando a ponta, pela baliza dois, é sinal de derrota fragorosa, definitivamente a raia precisa ser interditada para reparos ou até reconstrução. Ainda bem que semana que vem volta a Grama, isso se São Pedro deixar.