A E I O U

Quando o marasmo das corridas já havia caído inexoravelmente sobre a minha pessoa, quando apenas a obrigação de assistir aos páreos ainda me fazia ficar firme em frente a transmissão via internet do meu computador, eis que se deu a partida do nono e último páreo do programa de Cidade Jardim e com duzentos metros de corrida me perguntei: "Quem é esta?". Baixei os olhos para revista e vi o nome de Vogal (confesso que nos estudos, nem percebi que estava inscrita). Voltei os olhos ao páreo e notei que a vantagem tinha aumentado. Atordoado, voltei em um relance para a revista: "duas atuações na areia e um ano sem correr, vai parar nos quinhentos". Opa, já estão nos quinhentos e todas as competidoras empurradas, menos ela, que galopa com três e quatro na frente. De ver passo a perceber, e do espanto passo ao deleite.Não é que nos estertores me aparece uma craque, assim do nada, de golpe. Não sei os problemas que a fizeram ficar tanto tempo no estaleiro, a única coisa que espero é que os mesmos vão para bem longe. Em sendo assim, não tenho dúvidas que  veremos a pupila do Pirassununga brilhar nas principais provas de velocidade do hipódromo paulistano (pelo menos contra as éguas).
Vogal, você é a cracaça que detonou a cartilha da Juju, e de quebra me ensinou o beabá. Fui dormir feliz.


P.S É claro que a Vogal ainda não é craque, mas o potencial está ali, tomará que eu não me engane.