20 novembro 2012

Cidade Jardim: um hipódromo que dá pena

Depois  de hoje, em que mais uma vez a natureza conspirou contra as corridas em Cidade Jardim, cheguei a conclusão que, cada vez mais, o sentimento que me toma ao ver o desenrolar dos acontecimentos é de tristeza e pena.
Pena por ver em sua imensa maioria, páreos de seis animais inscritos.
Pena do nível técnico das contendas.
Pena porque se chove forte e falta luz,  não temos carreira, ou se não falta,  dá pane nas velhas câmeras que passam o desenrolar das mesmas. Hoje ficamos sem as imagens de frente do penúltimo páreo, prova em que houve uma reclamação para o primeiro posto. O comentarista Renato Barros, se apressou em dizer que nós, telespectadores, não tínhamos as imagens, mas que evidentemente, a Comissão de Corridas tinha. Olha,  vou duvidar. Duvido pela pressa que o páreo foi confirmado, nunca o fora tão rapidamente. E pela câmera principal, sou capaz de jurar que  aconteceu desvio de linha. Então a ordem é: rápido, confirma senão vai dar problema.
Pena, novamente, por um outro lance, na reta de chegada do segundo páreo em que mais da metade dos jóqueis se engalfinharam e , pasmem, não houve sindicância, não houve reclamação, não houve nada. Páreo confirmado. Poderia não se mudar o resultado da prova, mas tinha-se o dever de averiguar.
Pena por ver o JCSP  ser novamente alvo de reportagem depreciativa da revista Veja. Venda de patrimônio em questão, nem entro mais no mérito, se é certo ou errado, posto que me falta competência, mas, raios, não era isso que se combatia com unhas e dentes na época do Toledão.
Pena pelos erros crassos que foram cometidos (partidor colocado duas vezes em local inadequado, o indefectível Disco B, páreos confirmados com o resultado afixado de forma incorreta ).
Pena porque vamos para mais uma semana de festival nas pista, com míseros 25 páreos programados (várias provas com cinco ou seis cavalos). Já é sabido que no fim do ano, teremos um recesso enorme, acho que uns quinze dias sem cavalos nas pistas.
Pena porque Cidade Jardim é meu hipódromo preferido, local onde fiz muitas amizades e consegui a proeza de ganhar um Clássico como proprietário, há um pouco mais de  uma década, ou seja, um lugar que me traz lindas recordações. Naquela época se dizia, isso nunca esteve tão mal, eu assentia com a cabeça, mas, pelo olhar de hoje, posso afirmar, não sabia da missa a metade.
De bom, peço ajuda dos turfista para enumerar algo além da diminuição nas retiradas e a proibição de se correr desferrado. Dizem que o pagamento da dívida com a Prefeitura será o grande feito dessa gestão, mas isso só o tempo dirá. Por enquanto o que fica é o sentimento de desilusão pelo  muito de esperança que se tinha nesta diretoria.

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