08 fevereiro 2011

Charles Bukowski


 Duas declarações do escritor Charles Bukowski (1920-1994). Gostava de apostar nas corridas de cavalo e me identifiquei um pouco  com isto:


AS CORRIDAS:

“Durante um tempo quis ganhar a vida com as corridas de cavalos. É doloroso, vigoroso. Tudo está no limite, o dinheiro do aluguel, tudo. É preciso ter cuidado. Uma vez, eu estava sentado numa curva, haviam doze cavalos na disputa, todos amontoados. Parecia um grande ataque. Tudo o que eu via era essas grandes traseiras de cavalos subindo e descendo… Pareciam selvagens. Pensei: ‘Isso é uma loucura total’. Mas tem outros dias em que você ganha 400 ou 500 dólares, ganha oito ou nove corridas, e se sente Deus, como se soubesse tudo.”


Depois tem o que vai abaixo, sobre morte e suicídio, nada a ver com corridas, mas a última frase é simplesmente genial.

GANHAR:
“E depois de tudo, morremos. Mas a morte não nos ganhou. Ela não mostrou nenhuma credencial; nós é que nos apresentamos com tudo. Com o nascimento, ganhamos a vida? Não, verdadeiramente, mas a f.da p. da morte nos sufoca… A morte me provoca ressentimento, a vida também, e muito mais estar pressionado entre as duas. Você sabe quantas vezes eu tentei o suicídio? Me dá um tempo, tenho só 66 anos. Quando alguém tem tendências suicidas, nada o incomoda, exceto perder nas corridas de cavalos.”

Fragmentos de uma entrevista concedida ao ator Sean Penn, em Los Angeles em 1987.

34 comentários:

  1. Pelo pouco que conheço do autor não se pode dizer que era um turfista. Tido como um dos críticos permanentes do “american way of life” e do nacionalismo (pela construção de bombas atômicas, subsidios a guerras distantes, etc) suas obras refletem mais uma certa ojeriza por lemas do tipo “só o trabalho pode construir riqueza” (usado largamente no Brasil, pelo Bradesco, e até inserido no Portal da Cidade de Deus, na era Amador Aguiar).
    Na verdade Bukowski, embora não engajado políticamente, tentava demonstrar que o sonho americano não existia para boa parte da sociedade e que os esforços americanos na Guerra Fria escondiam um enorme contingente de desajustados sociais. E mais ainda: que mesmo movimentos “rebeldes”, como a contracultura, os hippies, os beatniks, também estariam presos a esse jogo, ou seja, suas propostas de mudanças também atenderiam na verdade a uma perspectiva de manutenção da ordem. Lembra até aquela música do Belchior, Como Nossos Pais, gravada pela Elis. Quem sabe o cearense não andou lendo seus livros ou poemas.
    Bukowski, que era funcionário dos Correios dos EUA, achava que o trabalho não é uma necessidade, mas apenas uma imposição para se conseguir sobreviver. Um ultimo recurso a ser tentado. Ele não trás nada além da subsistência. Uma atividade muitas vezes brutal, que leva a uma profunda mutilação física e espiritual.
    Acho que foi providencial não ter sido um turfista mais assíduo. Não ia agüentar.

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  2. Aron, antes de tudo vou me apresentar: sou aquele "receptor de apostas" que cumprimentou o grande Nelsinho Sakae e o Aron , no dia do GP Paraná..desculpe da ocasião pq tava uma correria aquele dia( a fila era interminável ) e não conseguimos nem trocar algumas palavras..lembra??
    Sou leitor assíduo do blog e quando li o texto Bukowski não me contive hehehe..segue a minha postagem:


    "Caro Laércio,muito bom seu texto mas asseguro que Bukowski gostava mesmo das corridas de cavalos(era turfista),claro acho que gostava mais de bebida e transas sujas,mas sempre falava das carreiras nos seus escritos...e falava muita coisa interessante como nesse texto reproduzido pelo Aron.Eu digo isso pq li um par de pares de livros do "Velho Safado".caso alguém queira ..tenho alguns arquivos word.saudações e sorte nas corridas!Rafael G Robert"

    valeu Aron pelo espaço.Rafael G Robert.

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  3. Olá Rafael, lembro do Nelsinho ter nos apresentado, você estava no terminal, certo? Olha, eu só li um livro do Bukowski e nele tinha corridas, foi Crônica de Um Amor Louco. Detalhe: li somente a primeira parte, pois eram dois livros, capa rosa com uma mulher com os seios de fora. Naquela época a falta de dinheiro era tão grande que não consegui comprar o segundo livro, li somente a metade.
    Mudando de assunto, outro dia saí para almoçar com o Nelsinho, foi um segundo encontro que ratificou plenamente as excelentes impressões que tinha dele. Bem humorado e cheio de histórias sobre os matungos. Espero que tanto um quanto outro participem mais ativamente aqui do Turfemania.

    Abraço

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  4. Como é bom conviver e ler artigos de pessoas inteligentes.Pena que vez por outra entram ,não só aqui, como em outros , pessoas que só querem perturbar.Ainda bem que aqui no blog do Aron,onde sou cadeira cativa, a maioria são pessoas esclarecidas e de boa indole.Abraços a todos.

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  5. BOM DIA ARON E TODA COMUNIDADE DO BLOG CITEI (COMUNIDADE) PARA NAO ESQUECER DE ALGUMAS PESSOAS E AMIGO QUE AQUI EU FIZ ESTAVA AFASTADO DO TURFE E DO BLOG EXATAMENTE A UM ANO POR PROBLEMAS PARTICULARES HOJE JA RESOLVIDOS ARON ESTOU ANCIOSO PARA PARTICIPAR DO PROXIMO TORNEIO SÓ NAO SEI QUANDO VAI SER UM ABRAÇO A TODOS FUIIIIIIIIIIIIIIIII

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  6. Aron e Rafael Robert,
    Não esperava gerar polêmica no meu rápido comentário, mas devido às suas interessantes observações, me vejo tentado a voltar ao assunto.
    Só espero que não entremos na discussão interminável do que é “ser ou não ser turfista”
    Sempre fiquei bronqueado com os caras que iam (ou vão) ao hipódromo e depois de um dia mal sucedido saiam (saem ) falando coisas do tipo “olha o que eles arrumaram prá mim”. Acho que com 56 anos no turfe (estou nessa desde os 9, com o Gualicho) posso falar de cátedra.
    Pelo que sei o Bukowsky era bem o que aqui chamamos de “porra-loca”. Atirava para todos os lados. Orgia, bebida, certas substâncias e se convenceu (e tentou convencer por sua literatura) que trabalhar não dava futuro. O trabalho limitava o ser humano. Não sobrava tempo para curtir. Não quero (e nem posso) dizer se estava certo ou errado. Problema dele. O que é preciso lembrar é que um cara com esse arcabouço naturalmente ia passar pelos hipódromos. Um dia ia dar uma tacada. Depois ia “quebrar a cara”. Como muitos. Claro que era “in” colocar isso no tipo de literatura que praticou. Pegava bem. Daí a ser turfista, vão outros quinhentos.
    A propósito, lembro do dia em que o chato do Jô Soares entrevistou o Ernani (Pires Ferreira). Só faltou o gordo dizer que tinha montado muito. Nesse momento (da entrevista) também era “in”.
    Voltando ao Bukowsky, obra de que mais se aproxima da sua autobiografia, Factótum (derivando do latim “faz tudo”), você sabe melhor que eu, traz ma is uma vez o personagem Henry Chinaski, alter ego do autor, envolto nesses múltiplos afazeres já citados, onde sempre escapa uma tarde em Los Alamitos ou outro hipódromo qualquer.
    Continuo achando que o seu “turfismo” era só lero-lero.

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  7. Bem, aproveito este belo texto para considerações finais:

    - Não vamos criar guerra, literalmente, por conta do dinheiro, status ou outro benefício. O turfe está decaindo, mas como outros hipódromos ao redor do mundo já demonstraram, pode ser reerguido.

    - É muito triste o ponto que cheguei e outros chegaram nas discussões e quero deixar bem claro que parei, com todas elas. Não vou mais questionar A, B ou C. Como turfista, farei somente o meu papel de apostador e palpiteiro. Se no futuro tiver condições de ter meu Haras, melhor ainda.

    - Ao De Longe, espero que o Aron te passe o meu e-mail e que possamos dialogar de maneira polida.

    - No turfe, existe espaço para muitos. Mas acima de tudo, pecisamos mostrar transparencia neste esporte. Somente através de transparencia e honestidade, teremos investidores, patrocinios e respeito.

    - Quero selar a paz, com Aron, demais frequentadores e etc. Desgastei-me muito estes últimos dias, com uma coisa que eu defendo para o divertimento, não a intolerância ou sobreposição. Já até pedi o telefone dele para colocarmos tudo em pratos limpos.

    - Ao Roberto Carlos Micka, atingi o meu limite de intolerancia, e quer saber, já estou indiferente. Faça o que quiser de sua vida. Gostaria muito de participar das comunidades novamente, quieto, no meu canto. Participar nos concursos que nela existem.

    - Não estou sendo piegas, só estou cansado. Cansado de lutar uma luta sem sentido... O turfe precisa de união, não é mesmo?

    Abraços a todos e parabéns pelo blog.

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  8. Daniel,

    Uma retratação em público não é para qualquer um, se o seu conceito era abaixo da crítica, melhorou para comigo. O turfe está aí para os "amantes do esporte das rédeas" (expressão usada por Vergara Marques ao abrir as transmissões no Cristal),e para os os que fazem dele seu ganha pão. Eu me incluo nas duas. Desde a criação do blog, um dos objetivos principais foi o intercâmbio de ideias entre os turfistas. Claro está, que por conta desta paixão pelos cavalos, uma hora ou outra teríamos alguns desentendimentos. Repare, eu disse alguns. Fato é, que desentendimentos viraram rotina, o que, não vou negar, me desagradou por demais. Perto de chegar ao seu terceiro aniversário, o Turfemania cresceu em sua visibilidade, talvez mais do que o necessário. Hoje, em dias de corrida, já atingimos vez por outra a marca das 500 visitas diferentes. No início me preocupava em colocar até três postagens diárias, é claro, assunto eu tinhas aos montes, depois fui deixando que o blog tivesse seu ritmo natural, os comentários dos turfistas foram crescendo e na época do Gustavo eram de grande monta. Os comentários feitos aqui, são um diferencial, a medida que geralmente eu atualizo o blog muitas vezes ao dia. Isso da a chance de um quase bate-papo online.
    Por isso, quando voce começou a frequentar o espaço, trazendo acusações, algumas eu até acho pertinente, me preocupei um pouco, pois a maneira como você as fazia, era envolvendo pessoas (não importa se certo ou errado). E toda vez que nomes são envolvidos, a discussão perde o rumo para se transformar em baixaria.
    Se tudo o que você afirma aqui é de coração, não vejo porque vetar os seus comentários. Quanto ao meu telefone, estou propenso a lhe ceder, mas primeiro gostaria de acompanhar uns dias os seus comentários por aqui. Sem ressentimentos e torcendo por um turfe de primeiro mundo.

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  9. Não vou dizer que foi de coração, mas sim de mente. Foi de alguém cansado, de uma luta sem fim (finalidade). Sinceramente, estava com vontade de confrontar os envolvidos. Mas parei. Ridicularizar o blog, por conta de questões pessoais, com certeza foi extrapolação.

    Como eu disse anteriormente, o turfe dá espaço e condições para muitos. E isto é um recado para todos. Não sou exemplo e nem quero ser, mas vamos diminuir as acusações, trocas de farpas, brigas, angustias. Hoje são uns que estão no topo, amanhã serão outros. Mas por que não todos não estarem juntos sempre no topo, seja trocando A por B ou B por C? Subjulguei pessoas, fui subjulgado em troca. Mas não guardo raiva. Passei dos meus limites, outros passaram. Sei que não verei todos de mãos dadas na pista entre as cercas, mas vamos ser mais tolerantes. Quis ter razão, tive mas não tive. Por questões pessoais, fiquei de fora de concursos, de comunidades, já estaria sendo expulso dos concursos daqui. E tudo de graça. Sem ganhar nada. Só perdendo. Tenha certeza de uma coisa, não sou sócio do jockey club (até queria ser), não frequento o paddock faz mais de um ano. Meu desejo é ter o meu Haras, poder levar família aos finais de semana ao jockey, torcer por meus produtos. Ser o proprietário de um Xin Xu Lin da vida. Já quis ser veterinário, para ser treinador. Mas depois que a gente descobre que horas eles acordam, a realidade muda. haha

    Com relação aos seus concursos, é provável que em um próximo eu participe. Para quem participava no Rio, nos concursos de Vila Isabel, este daqui é muito mais prático, não se precisa esperar xerox... hahahaha

    Com pensamentos positivos, a vida da gente só melhora. Este ano de 2011 está começando tão bem, não quero estragá-lo por pequenas coisas.

    Quando eu participei da turfe polemica, no orkut, uma das primeiras coisas que fiz foi postar a observação dos palpites do dia poderem ser vistos mudando a data no nome da página. Fui podado lá. Postei com a melhor das intenções. Queria todos ali na comunidade em igualdade de condições. Mas desanimei. E mais uma vez asseguro que nunca usei para benefício próprio, vide minhas marcações de sempre. Não comuniquei ao jockeysp, porque não tinha contato direto ao marketing. Nem o tenho. Só fiz as reinvidicações para ter um direito que julgo ser meu. Mas turfista vive de fases. E por sinal, a galera do torneio aberto está marcando muito bem.

    Aposto que você não guarda rancor por suas derrotas no xadrez, nem raiva de quem o venceu. Muitas vezes, ficou com raiva de você mesmo por não ter premeditado tal jogada. Quem aqui não se arrepende consigo mesmo de alguma marcação depois do páreo corrido. Criticar só por criticar, não leva a lugar algum. Isso, caro Aron, é uma observação importante.
    Vamos tentar unificar, ao invés de dividir. Aproveite a audiência de seu blog.

    Abraços.

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  10. PARABÉNS A AMBOS! DANIEL ROSÁRIO E ARON.
    Certamente De Longe acompanhará essa ação e espero que Micka também.
    Façamos desse blog um ponto de encontro e a troca de informações para alegria de todos, com respeito - básico - e amizade, independente de individualismo, natural a qualquer cidadão.
    Ótimo! E vamos que vamos!
    De Longe está estudando Cristale e enviará boas informações.
    Forte abraço
    Miranda Neto

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  11. o trabalho ESTOURA E ARREBENTA o homem-----foi que testemunhei em 14 anos de medicina,onde testemunhei que o trabalhador é estimulado a trabalhar somente e tão somente pra ENRIQUECER alguns,que se apropriam da força de trabalho deles pra se enriquecer.Cansei de ver trabalhadores--sérios------no final da vida POBRES E PROFUNDAMENTE---ISSO MESMO-DOENTES.ESSA conversa fiada de que o trabalho enobrece o homem é MENTIRA.EU PROVO O CONTRÁRIO.Mes passado,atendi um pedreiro,que se matou de trabalhar,tem 42 anos e tá INVÁLIDO,tive que ajudar ele a se levantar da cadeira!!!!!!!!E seu patrão---RICO.EU PROVO COM FATOS.VALEU A PENA TRABALHAR E SE MATAR E TERMINAR A VIDA PODRE,E DOENTE,ENQUANTO O RICAÇO DONO DA CONSTRUTORA,RICO E COM SAUDE?????????claro que não!!!!!!!trabalho é pra OTÁRIOS,os ricos COLOCAM OS TROUXAS PRA TRABALHAR PRA ELES!!!!!!!!PÁRA!!!!!BUKOWSKI tava MUITO CERTO!!!!!!!!!!NÃO AO SISTEMA!!!!!!NÃO AO TRABALHO!!!!!!!!!!!!!SIM ÁS CORRIDAS DE CAVALO!!!!!!SIM AO JOGO!!!!!!!!!!!!

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  12. DANIEL ROSARIO-------creio q vc tem potencial pra ser um grande delegado da PF,mas por favor----------PEGUE OS GRANDES!!!!!Isso de pegar os laranjas....é muito pequeno!!!!!TÁ certo q eu sou contra isso,mas é algo muito pequeno,e tem problemas MUITO MAIORES no Brasil pra se preocupar,mas eu sou contra LARANJAS E MEXIRICAS no concurso,sou contra,pois somos discriminados lá FORA por causa dessa mentalidade de querer levar VANTAGEM EM TUDO,TUDO,ISSO É UM LADO NOJENTO E REPUGNANTE DO BRASILEIRO!!!!!!!PORRA,pra que querer levar sempre,sempre VANTAGEM!!!!!!NINGUEM É BOBO!!!!!!TODO MUNDO PERCEBE!!!!!!!MAS isso é café pequeno,,,,,DANIEL-------PEGUE OS GRANDES!!!!!!!!!OS RATUFIS DA VIDA!!!!!!!!!

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  13. E outra ---seja EDUARDO AZEVEDO--SEJA M.GIMENES --O ELEITO--------QUE O ARON POSSA participar com seu nome--ARON ANTUNES CORREA E sem laranjas,SE ELE SUBIR,BELEZA,SEM PERSEGUIÇOES,ISSO DE PERSEGUIR É COISA DA GESTAPO NAZISTA,POSSSO TER minhas diferenças com ele,mas não tenho direito de PERSEGUIR NINGUEM,NINGUEM!!!!!!e que todos TODOS tambem sejam investigados pra num terem laranja!!!!!!!AGORA,SE UM TEM LARANJA------------TODOS PODEM TER!!!!!!!!!!!OU ESMAGA TODOS,TODOS LARANJAS,OU NÃO ESMAGA NINGUEM.É ISSO.E VIVA A LIMONADA!!!!!!FORA LARANJADA!!!!!!!!!!

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  14. D LONGE,vai dando GRAMA LEVE POR ENQUANTO,NADA NADA D CHUVA.QQ COISA AVISO.NADA DE CHUVA.DESFERRADOS TÃO VOANDO.

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  15. Laércio,minha intenção tb não é polemizar e sim dialogar e partilhar opiniões,além de que acho suas colocações muito ponderadas e recheadas de discernimento;muitas vezes tb achei que o Bukowski pudesse estar de lero lero seja quando cita seus romances e bebedeiras,seja em suas aventuras nos hipódromos.Nem sempre fica explícito se o que foi escrito é ficção ou realidade,mas esse é um dos diversos meandros da literatura em prosa do Bukowski,mas quanto a ser turfista de verdade ou não ,fica a impressão pessoal que ele era sim um turfista de verdade ..em varias passagens ele cita métodos de aposta e marcas de tempo,distancia,peso dos joqueis,definitivamente um leigo ele não era.Mas a questão é a seguinte: O que é ser turfista?Pra mim,gostar de corrida de cavalos já basta para ser um turfista,mas é uma opinião pessoal.Obrigado , valeu Aron!

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  16. Sr. Miranda Neto com certeza aceitarei as desculpas do Daniel Rosário eu sou da paz, e me desculpo também pelas palavras grosseiras que diriji a ele, embora tenha sido provocado. Mas já é passado e que a PAZ reine entre todos aqui no blog.Qto as marcações hoje , estou muito mal.

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  17. QUERO UM PARECER, FRIO E TÉCNICO, MAS BEM FUNDAMENTADO
    Assistam por favor a última corrida do animal Vincent, treinado pelo Mágico (NARRRID) o neném...
    botou do lado do último furo que ponteava a prova e ao lado do animal do Regina, vinha muito bem, deu a impressão de dominar a prova e ir embora pra tocar a sineta, de repente parece que sentiu alguma coisa, vi demais? estou ficando maluco?

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  18. Obrigado Gustavo pela dica do tempo.Abraços.

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  19. ARON,toma 40 gotas de PARACETAMOL,UMA COLHER DE SOPA DE MEL COM DOIS DEDOS DE SUCO DE LIMÃO e já era.barbada,se num matar,ENGORDA.MELHORAS

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  20. DE LONGEEEEEE--deu uma chuvinha muito muito leve e bem vagabunda.continua dando GRAMA LEVE.

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  21. Meu amigo Aron em primeiro lugar estimo as melhoras,por acaso vc viu o meu recado na CX ?

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  22. Vi, e já respondi, está lá na sua caixa.

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  23. Dedo Duro,
    O Vincent é o melhor azar do páreo. Acho que o A.Mendes deu a partida cedo e ele cansou. Agora vi com um jóquei descente e pode surpreender.

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  24. Mariel, Bom Dia, sobre o Vincent, me lembrou a corrida do Lieve na milha internacional se não me engano 2009, vinha a galope numa facilidade impressionante, de repente apagou como balão japonês, na corrida seguinte, recuperado do contratempo, emplacou 93 na milha pagando quase 10/1, com I.Correa brincando com o animal...

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  25. Aron meu amigo como está vc, melhorou?

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  26. De Longe,

    Acho que agora começaram os primeiros sintomas de melhora. Obrigado pelo interesse.

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  27. Bem vindo ao clube, Aron. So ontem foi quase 80 reais em remedios.
    Melhoras a voce e vista limpa nas corridas.

    Essa semana vou participar das indicacoes do betting. Tomara que faca um bom papel. Abracos a todos.

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  28. Ser turfista é um estado de espírito. E, ao mesmo tempo, um caso perdido, de amor com os cavalos e as corridas. Ser turfista é enfrentar preconceito, desconfiança e inveja. Preconceito por que alguns pensam que turfe é apenas jogo de azar. Santa ignorância. Desconfiança por que outros tantos acham que podemos desencaminhar e levar a perdição um membro de sua família que se aproxime de nós. Não temos esta intenção e nem esse poder. E inveja, principalmente, por não possuir esta nossa capacidade de amar de forma desinteressada um esporte belo, altivo e imponente. O turfista é independente, confiante e generoso. São qualidades raras, e que por isso, sofrem permanente discriminação.

    O turfista se interessa por todos os detalhes de uma corrida. Não gosta de sentir-se preguiçoso. Orgulham-se de estarem sempre bem informados sobre as filiações dos puros-sangues, os seus treinos matinais e também sobre os segredos guardados a sete chaves nas cocheiras. O turfista é passional. Não pode evitar sentir maior afeição por este ou aquele jóquei. De torcer de formar parcial por determinado treinador. E sempre se apaixona por algum cavalo e aposta nele em qualquer circunstância. Até mesmo quando vai enfrentar um páreo acima de sua categoria.

    O verdadeiro turfista estuda os páreos durante horas na revista Turfe Brasil, única especializada no país. Alguns gravam os páreos e passam em casa, em slow-motion, para tirar dúvida sobre o percurso de um determinado cavalo. O turfista troca idéias com os colegas para tentar chegar a um denominador comum. Isto é impossível. A concordância é sempre parcial. Existem pontos de divergência inegociáveis. Só a corrida comprovará quem tem razão.

    O turfista não joga sem assistir o cânter de apresentação dos cavalos. E alguns, não deixam de ir ao prado, para ver os concorrentes no padoque, antes do páreo, e tirar conclusões importantes sobre o sistema nervoso, a pelagem dos puros-sangues e o comportamento dos proprietários, jóqueis e treinadores. Como se fosse um jogo de pôquer. Observam e decoram os tiques nervosos, cacoetes e trejeitos que denunciam a confiança na corrida do cavalo. O turfista tradicional não dispensa o binóculo, o cronômetro e sempre tem em mãos o programa oficial. Nenhum detalhe pode passar despercebido. Pode ser fatal.

    O turfista é mais fiel do que qualquer esportista. Ele enfrenta um calor de 40 graus e um dia de frio de bater o queixo. Nada é mais importante do que manter-se atualizado com sua paixão e vivê-la intensamente. Para ver as corridas de cavalos ele é capaz de suportar várias dificuldades. Banheiros em péssima conservação, funcionários de guichês mal humorados, falta de bares e restaurantes adequados. Enfim, nada é obstáculo para o infinito prazer que lhe proporciona uma bela reta final, com dois cavalos emparelhados, cabeça a cabeça, até a decisão no fotochart. A adrenalina de vencer uma carreira nestas circunstâncias não pode ser atingida em nenhuma outra ocasião.

    É claro que quem voa de asa delta vai discordar. O pára-quedista idem. E outras tribos também. Mas só quem faz parte deste bando de loucos apaixonados pelo turfe sabe a emoção que proporciona ver um craque como Itajara correr, e deixar os adversários no meio da reta, ou presenciar um jóquei, como Jorge Ricardo montar, e ganhar páreos sem parar de todas as maneiras possíveis e imagináveis. O turfe, desde antes de Jesus Cristo, é chamado de o esporte dos reis. É não é por acaso.(Paulo Gama/junho 2009)
    Se Bukovsky foi, pelo menos, um terço disso então ele era turfista, senão...

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  29. Perfeito Sr.Car Sales,excelente seu texto.Parabéns.

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  30. O texto é do Paulo Gama, De Longe. Ele coloca lá embaixo os créditos.

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  31. Aliás, o texto é muito bom mesmo. Paulo Gama inspiradíssimo.

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  32. Falou Aron , então vai p/o Paulo Gama os Parabéns.

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