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05 novembro 2012

Destaques da Breeders Cup 2012

Por Adolpho Smith

1-) Vitória do argentino Calidoscópio na Breeders Cup Marathon. Apesar de ser o páreo mais “fraco” da Breeders Cup, foi a primeira vez que um animal treinado na América do Sul ganhou uma prova do festival, o que pode ser um marco pra nós. Notem que o ganhador era “freguês” do nosso Mr. Nedawi e notem que tinha um ganhador do Derby Irlandês no páreo (Fame and Glory).


2-) O invicto Shanghai Bobby ganhando a Breeders Cup Juvenile montado por uma joqueta: Rosie Napravnik. Esse já pode ser considerado como eleito o melhor dois anos dos EUA. Foi a segunda vez que uma mulher ganhou prova da Breeders Cup, mas o mais interessante é que o cavalo quis cravar no final da curva, vale olhar o replay.


3-) O bicampeonato da égua Royal Delta na Breeders Cup Ladies Classic. A Royal Delta foi vendia por 8,5 milhões de dólares em Keeneland no ano passado, foi o animal mais caro já vendido em treinamento nos EUA. Ganhou outros GP´s neste ano, repetiu na Breeders Cup, vai concorrer a animal do ano nos EUA e podemos dizer que o dono fez um grande negócio. Notem os parciais no replay, a égua que fez segundo (My Miss Aurelia) era invicta, assim como a Awesome Feather. Royal Delta, que sempre corre atrás, desta vez foi de ponta-a-ponta. Mike Smith se tornou o jockey mais vencedor da história da Breeders Cup com esta vitória.


4-) A vitória da única favorita de devolução da Breeders Cup, égua que só corre 1.400 pra 1:20 e está invicta neste ano. Groupie Doll deu mais um vareio e também está no páreo pra animal do ano, ainda que correndo bem por fora de Wise Dan (pra mim o ganhador) e Royal Delta.


5-) A vitória do outro candidato a animal do ano nos EUA: Wise Dan. Este cavalo seria favorito se tivesse corrido na Sprint (velocidade), na Breeders Cup Classic (prova principal) ou na Mile (milha) onde correu. Já ganhou GP na grama, areia, sintético e todas as vezes de trote. Desta feita Wise Dan não só ganhou, como bateu o recorde da Breeders Cup e da pista de Santa Anita na milha: 1:31:78. No páreo tinha o maior adversário do Frankel (Excelebration – fez segundo pro Frankel 4 vezes, acho) e ainda a volta do último ganhador do Kentucky Derby Animal Kingdom (filho do nosso Leroidesanimaux). Vale notar a corrida do Animal Kingdom também (farda verde com detalhes vermelhos), correu demais, chegou voando no disco em segundo e não achou passagem.



6-) Para finalizar segue o replay da Classic ganha por Fort Larned, o páreo foi muito fraco e muito abaixo dos citados acima. As outras provas, pra mim, não tiveram grande destaque.

http://www.youtube.com/watch?v=utDO-MWlojo

30 novembro 2010

A triste história de um quase campeão

Quase todo proprietário que teve um número considerável de cavalos de corrida, passou pela experiência de possuir um animal de exceção, que trabalhava quebrando relógios e que por um motivo ou outro não conseguiu mostrar em pista toda a esperança depositada em suas patas. Um desses motivos, o mais comum deles, é o famoso cavalo ladrão de trabalho: é 40 nos 700 e 60 no quilômetro, mas em carreira não consegue sair do perdedor. Não são esses os animais que serão objeto desta postagem. Os cavalos a que me refiro são craques de fato, porém, por problemas físicos, não conseguem mostrar toda sua potencialidade, ainda que na base da valentia, consigam se superar e obter destaque nas corridas. Um destaque que não pode ser pleno.
Em email trocado com Adolpho Smith de Vasconcellos Crippa, este me relatava de grandes cavalos que passaram pela sua cocheira. Corriam com problemas terríveis e se superavam. Olhem os seus comentários a respeito dos animais :
Tequila Anis - teve, ao longo de sua campanha, umas 5 fraturas diferentes e com muitas correu . Chegou a ganhar, inclusive,  Prova de Grupo.
Belo da Guanabara - não tinha tendões visíveis no ultrassom, de tão lesionados que eram. Isso não impediu que ganhasse duas provas aos três anos em Cidade Jardim.
Sara Est - quase ganhou um Clássico contra os machos, tinha sesamóides e cascos totalmente porosos, fez toda sua campanha só trabalhando 400 metros em reta e mancava após cada corrida. Esta só correu no ano 2007, conseguindo três vitórias, fechando suas atuações em um Clássico em mil metros, este relatado acima, onde foi quarta colocada.
Todo este assunto de cavalos valentes, veio a tona por eu ter ficado impressionado com Al Ghanín, cavalo que ficou quase um ano parado, e que voltando a competir em provas duras, mostrou um padrão bem superior ao anterior. Disse ao Adolpho, que nesta Prova Especial de domingo, se o Roberto Alberto não empurra ele na curva, tirando-o do natural, poderia ter dado torcida. Mais surpreso fiquei, quando o proprietário me relatou que o neto de Figuron mancou nos quatrocentos finais e que seu jóquei, o A.C.Silva, acreditava que poderia lutar pela vitória caso este percalço infeliz não tivesse acontecido. Daí que me veio a curiosidade de saber toda a história do Al Ghanín.
Sempre teve problemas, desde a estreia onde mancou, ainda pela farda do Eternamente Rio. Nunca mais foi o mesmo. Para se ter uma ideia na fé do L.Esteves no cavalo, a ideia era correr a primeira, ganhar, e logo em seguida ser inscrito diretamente no GP Ipiranga. Ficou um cavalo comum, ganhando sua primeira corrida na quinta saída à pista. Em um retrospecto cheio de descolocações, aconteceu a transação que fez do Adolpho, o proprietário de um cavalo que tinha, eu disse tinha, um  enorme potencial. Vejam seu relato:


"Comprei ele com sério problema no ligamento, corremos 4 vezes com ele mal. Duas vitórias e duas descolocações (grama e Prova Especial). Até em respeito ao ótimo cavalo que acredito que ele seja, fiz a loucura de operá-lo, mesmo sabendo ser um caso de prognóstico muito ruim.
Voltou sem trabalho forte e fez segundo em um Pesos Especiais. Agora, para este domingo, demos uma arrumada da forma possível e ele mancou de vez. Esse é mais um dos casos dos cavalos que deveriam ter sido ganhadores clássico, mas que  nunca serão.
A coisa que sempre  me tocou no turfe, muito embora tenha tido alguns cavalos (parte ou inteiros) que considero muito acima de média como o Mr. McCartney, o Araçaí e o Pitu da Guanabara, alguns ótimos como a Baby Victory e a Luna da Guanabara e mais alguns bons que ganharam clássicos em geral como o Zorin e a Zaya, que são os que me lembro de pronto, foram os cavalos com problemas físicos que se superavam."

A história termina de uma forma triste, pois o Al Ghanín voltou  de "capelinha" após esta última atuação e é bem provável que nunca mais seja visto em carreira. Mas queria deixar externado aqui neste espaço, uma sincera homenagem  a todos os Al Ghaníns que certamente passaram despercebidos pelos hipódromos do mundo e na linda simbologia de amor e fé que estes animais acabam proporcionando, na relação dos proprietários com seus cavalos de corrida.

11 outubro 2010

Secretariat

                                     
  Secretariat, tirando de foco os rivais no Belmont Stakes.




Estreou neste fim de semana nos Estados Unidos, Secretariat, filme que conta a trajetória deste campeão que foi Tríplice Coroado no ano de 1973. O filme custou 35 milhões de dólares e em três dias de exibição reverteu para os seus produtores a modesta quantia de 12 milhões e meio. Simplesmente a terceira maior bilheteria da semana, na terra do Tio Sam . No Brasil a estreia está prevista só para o ano que vem: 18 de Fevereiro.

02 setembro 2010

Secretariat

Para quem é fanático por corrida de cavalos e tem o computador pessoal  inteiro com  foto de PSI, deixo esse dois papeis de parede do filme Secretariat:
























E aqui em baixo, o trailler novamente, só que com as legendas em português:

29 setembro 2009

Cavalos Famosos IV


Incitatus- Este foi o cavalo preferido de Calígula, imperador maluco que teve direito até a filme de sexo explícito com a história de sua vida. Pouca gente sabe mas Incitatus (impetuoso em latim) foi um legítimo cavalo de corridas, participando de competições no hipódromo de Roma. Dizem as más línguas que ele perdeu apenas uma corrida, de todas que participou, e que o tresloucado imperador, enfurecido, teria mandado matar o auriga (espécie de jóquei de carroças) lentamente, para que sofresse bastante. Aliás o que falam desse relacionamento é altamente suspeito. Na noite anterior as carreiras, Calígula ia dormir junto com o animal e se decretava silêncio geral que ninguém podia violar sob pena de execução sumária, tudo com o intuito de fazer o cavalo descansar o melhor possível. Depravado como poucos, tenho dúvidas a respeito deste descanso equino. Fato é, que Incitatus teve tudo que a maioria dos mortais humanos nunca tiveram: cocheira de mármore, só para ele; não contente com isso, seu dono deu-lhe uma moradia rural com jardins e mais 18 criados para seu cuidado "pessoal" (a palavra cabe, pois Incitatus era considerado "gente grande"); para arrematar, um título de cônsul, talvez um dos atos menos insanos de Calígula, uma vez que o objetivo era fazer chacota com os senadores do imperador, todos de atitudes muito servis.
Não podemos afirmar com certeza absoluta, mas todo esse desprendimento para com o animal, não foi pelo denodo do mesmo, e sim por uma aberração sexual dele, Calígula. Bom, a julgar pela enorme quantidade de filmes dedicados ao gênero, prova de que o número de apreciadores é também enorme, talvez não possamos chamar isso de aberração, quem sabe um leve desvio...

07 agosto 2009

Cavalos Famosos III

Rocinante- Este faz parte de uma das obras mais marcantes da literatura universal, Don Quixote de la Mancha, escrita por Miguel de Cervantes nos primeiros anos do século XVII. A história dá para resumir em duas linhas, Alonso Quijano, fidalgo pobre, enlouquece lendo livros de cavalaria e se crê um cavaleiro medieval. Peregrina como tal, procurando ajudar os desvalidos e os sem venturas. É certo que muitos não leram as histórias desvairadas do "cavaleiro da triste figura"( este título é pelo conjunto cavalo+cavaleiro), mas quase todos já ouviram falar dele. Pela loucura, via tudo com olhos melhorados. Dulcinéia, o ser amado, criatura terrivelmente feia, era para ele uma linda princesa . Rocinante foi seu companheiro de aventura e era aos seus olhos um verdadeiro puro-sangue. Na verdade, Rocinante era um pangaré velho, só pele osso, que passava toda fome do mundo, mas que tinha uma enorme paciência com o seu dono.
Finalizo com uma poesia que é o dialogo entre Rocinante e Babieca, cavalo de El Cid, herói espanhol.


DIÁLOGO ENTRE BABIECA E ROCINANTE
Autor: Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616)


B. Por que está, Rocinante, tão magro?
R. Por que nunca se come, e se trabalha.
B. Pois, que aconteceu com a cevada e a palha?
R. Meu amo não me deixa nem um bocado.
B. Cuidado, senhor, que está muito malcriado.
Porque sua língua de asno ultraja seu amo.
R. Quem é asno é asno do berço à mortalha.
Quer ver? Olha como ele está apaixonado.
B. Amar é estupidez?
R. Não é uma grande prudência.
B. O senhor está metafísico.
R. É que eu não como.
B. Queixe-se ao escudeiro.
R. Não é suficiente.
Como vou me queixar de meus problemas,
Se o amo e o escudeiro ou mordomo
São tão quatro patas como Rocinante?

06 agosto 2009

Cavalos Famosos II

Trigger- Falar deste cavalo que foi considerado o mais inteligente do Cinema é falar de Roy Rogers também. Rogers foi tido por muito tempo o "Rei dos Cowboys" e quando eu era pequeninho, não tinha dia que não passasse um filminho seu na televisão.Trigger, que tinha uma pelagem bem rara, amarilha, chegou a ter uma revista de histórias em quadrinhos com seu nome e morreu em 1965, coberto de fama. Uma estátua sua foi colocada na entrada do Museu Roy Rogers-Dale Evans (mulher de Rogers) em Victorville, Califórnia. Abaixo, um momento dos dois, em que se mostra uma pequena parte de toda a habilidade deste cavalo genial.

05 agosto 2009

Cavalos Famosos I

Baloubet Du Rouet- Embora ganhando três Copas do Mundo e a medalha de ouro em Atenas, em 2004, para o Hipismo brasileiro, ficou marcado como o cavalo que refugou três vezes nas Olimpíadas de Sidney. Lembro muito bem, o Brasil dando vexame, sem nehuma medalha de ouro nas competições e aquele cavalo lindo, pulando fácil tudo que aparecia pela frente e o povo todo ali assistindo, babando, sedento por um ourinho que fosse, o grito de desabafo já saindo pela garganta, aí pintou o último obstáculo e... que tristeza. O seu cavaleiro era Rodrigo Pessoa.
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