28 outubro 2008

Hemorragia: como mensurar?

Granizo, cavalo que na penúltima teve hemorragia grau V, inscrito de L1, neste final de semana, contra um bom time de velocistas, voltou a ter o problema, desta vez grau IV. Ganhou as duas por larga margem,mostrando ser de primeira, mas a incidência hemorrágica com intensidade, pode atrapalhar seu futuro nas competições.
Dito isso, talvez um veterinário consiga sanar minhas dúvidas á respeito da ocorrência das hemorragias nos cavalos de corrida. O que sabemos? Sabemos que as hemorragias são graduadas de I a V, de acordo com seu grau de intensidade; que as ditas I e II, não interferem no rendimento dos animais. Como viram, sabemos pouco, perto do que não sabemos. Passo a lista das minhas interrogações:
- o que caracteriza cada grau e como diferencia-los em seus limites? Como saber, por exemplo, se uma hemorragia é grau III forte ou grau IV fraco?
- como não podemos saber em que momento de um páreo o cavalo acusa a hemorragia, posso conjecturar, sempre dando exemplos, que uma hemorragia III em um páreo em 2000 metros, que acomete um animal na primeira parte do percurso, para efeito de performance, é muito mais prejudicial que uma grau V, que se dê perto do espelho. Volto ao cavalo Granizo. Em que ponto se deram as ocorrências das suas duas últimas apresentações? É possível que possam ter se dado, inclusive, depois de completado o percurso. Essa resposta, somente os jóqueis que o montaram, poderiam dar. Esse não saber o momento da ocorrência, faz com que esse tipo de informação seja praticamente nulo para considerações de estudo de retrospecto. Pelo menos, para mim. Interajam.

2 comentários:

  1. Prezado Aron,

    Acredito ser muito difícil saber por exames veterinários qual foi o momento exato que ocorreu a hemorragia, em muitos casos a mesma so mostra sinais após a realização dos páreos no momento em que começa a relaxar toda a musculatura do animal.
    Em muitos casos o animal vai para a ducha e volta para sua cocheira e neste momento apresenta filetes de sangue em casos mais severos.
    Acredito eu que o jóquei que esta no dorso do animal é o maior ponto de referência, os primeiros sinais que possa estar ocorrendo hemorragia é a respiração pesada do animal, em muitos casos o cavalo começa a se afogar pela dificuldade na respiração.
    Mas hoje vemos alguns jóqueis que não percebem essa ocorrência e continua exigindo a fundo de seu pilotado, o que pode prejudicar ainda mais a situação do animal.

    A classificação da hemorragia pulmonar adotada pela Divisão de Assistência Veterinária do Jockey Club de São Paulo varia de acordo com a presença de sangue,
    observado durante o exame endoscópico, no trato respiratório superior e traquéia de grau I a grau V, sendo:
    O grau I caracteriza-se pela presença de pequenas estrias de
    sangue e/ou pequenos coágulos situados próximos ao terço distal da traquéia;
    O grau II caracteriza-se por pequena quantidade de sangue distribuído por toda a extensão da
    traquéia (não uniforme) e/ou fios grossos e/ou coágulos maiores;
    O grau III por grande quantidade de sangue distribuído por toda extensão da traquéia;
    O grau IV por abundante quantidade de sangue por toda traquéia, laringe, faringe e fossas nasais,
    chegando ocasionalmente exteriorizar pelas narinas; e o grau V como uma exacerbação
    do grau anterior (Pascoe et al, 1981).

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  2. Aron
    Outro detalhe que me intriga, são em alguns casos, a Hemorragia induzida, em geral treinos do animal.
    Quem garante que antes da corrida, o animal não foi medicado. Há controle?
    Tivemos recente na gávea o casos denunciado pelo milton Lodi, sobre o uso do medicamento como broncodilatador, sem a necessidade de divulgar a medicação.
    Uma dica, que está me dando bom retorno financeiro na gávea, é animal (principalmente égua) que sofreu hemorragia na corrida anterior, não é medicado com Lasix e é apresentada com 8/10 quilos a menos em menos de 15 dias e com canter vistoso. Em geral, é caixa.
    Abraço.

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