Granizo, cavalo que na penúltima teve hemorragia grau V, inscrito de L1, neste final de semana, contra um bom time de velocistas, voltou a ter o problema, desta vez grau IV. Ganhou as duas por larga margem,mostrando ser de primeira, mas a incidência hemorrágica com intensidade, pode atrapalhar seu futuro nas competições.
Dito isso, talvez um veterinário consiga sanar minhas dúvidas á respeito da ocorrência das hemorragias nos cavalos de corrida. O que sabemos? Sabemos que as hemorragias são graduadas de I a V, de acordo com seu grau de intensidade; que as ditas I e II, não interferem no rendimento dos animais. Como viram, sabemos pouco, perto do que não sabemos. Passo a lista das minhas interrogações:
- o que caracteriza cada grau e como diferencia-los em seus limites? Como saber, por exemplo, se uma hemorragia é grau III forte ou grau IV fraco?
- como não podemos saber em que momento de um páreo o cavalo acusa a hemorragia, posso conjecturar, sempre dando exemplos, que uma hemorragia III em um páreo em 2000 metros, que acomete um animal na primeira parte do percurso, para efeito de performance, é muito mais prejudicial que uma grau V, que se dê perto do espelho. Volto ao cavalo Granizo. Em que ponto se deram as ocorrências das suas duas últimas apresentações? É possível que possam ter se dado, inclusive, depois de completado o percurso. Essa resposta, somente os jóqueis que o montaram, poderiam dar. Esse não saber o momento da ocorrência, faz com que esse tipo de informação seja praticamente nulo para considerações de estudo de retrospecto. Pelo menos, para mim. Interajam.
Prezado Aron,
ResponderExcluirAcredito ser muito difícil saber por exames veterinários qual foi o momento exato que ocorreu a hemorragia, em muitos casos a mesma so mostra sinais após a realização dos páreos no momento em que começa a relaxar toda a musculatura do animal.
Em muitos casos o animal vai para a ducha e volta para sua cocheira e neste momento apresenta filetes de sangue em casos mais severos.
Acredito eu que o jóquei que esta no dorso do animal é o maior ponto de referência, os primeiros sinais que possa estar ocorrendo hemorragia é a respiração pesada do animal, em muitos casos o cavalo começa a se afogar pela dificuldade na respiração.
Mas hoje vemos alguns jóqueis que não percebem essa ocorrência e continua exigindo a fundo de seu pilotado, o que pode prejudicar ainda mais a situação do animal.
A classificação da hemorragia pulmonar adotada pela Divisão de Assistência Veterinária do Jockey Club de São Paulo varia de acordo com a presença de sangue,
observado durante o exame endoscópico, no trato respiratório superior e traquéia de grau I a grau V, sendo:
O grau I caracteriza-se pela presença de pequenas estrias de
sangue e/ou pequenos coágulos situados próximos ao terço distal da traquéia;
O grau II caracteriza-se por pequena quantidade de sangue distribuído por toda a extensão da
traquéia (não uniforme) e/ou fios grossos e/ou coágulos maiores;
O grau III por grande quantidade de sangue distribuído por toda extensão da traquéia;
O grau IV por abundante quantidade de sangue por toda traquéia, laringe, faringe e fossas nasais,
chegando ocasionalmente exteriorizar pelas narinas; e o grau V como uma exacerbação
do grau anterior (Pascoe et al, 1981).
Aron
ResponderExcluirOutro detalhe que me intriga, são em alguns casos, a Hemorragia induzida, em geral treinos do animal.
Quem garante que antes da corrida, o animal não foi medicado. Há controle?
Tivemos recente na gávea o casos denunciado pelo milton Lodi, sobre o uso do medicamento como broncodilatador, sem a necessidade de divulgar a medicação.
Uma dica, que está me dando bom retorno financeiro na gávea, é animal (principalmente égua) que sofreu hemorragia na corrida anterior, não é medicado com Lasix e é apresentada com 8/10 quilos a menos em menos de 15 dias e com canter vistoso. Em geral, é caixa.
Abraço.