Aos Associados do Jockey Club do Paraná e Turfistas do Brasil
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Viemos através desta esclarecer os fatos referentes ao corte de sinal das corridas do JCPR do dia 17/04/09 feito por iniciativa do JCSP.
Em primeiro lugar gostaríamos de ressaltar aos turfistas brasileiros que desde outubro de 2006 quando a atual diretoria assumiu o comando do JCPR, apesar dos inúmeros problemas e dificuldades financeiras que rondavam a nossa instituição, jamais deixou de honrar frente ao JCSP ou JCB, qualquer valor referente a pagamento de comissões bem como os custos de transmissão de nossas corridas.
Infelizmente tivemos que comercializar parte de nossa área, destaque-se, área ociosa, para que a instituição não encerrasse as suas atividades, e em função de inúmeras dificuldades como inúmeras penhoras efetivadas, vários protestos, inscrições em dívidas ativa perante órgãos públicos, condenações e execuções trabalhistas e cíveis, etc,, para regularizar a área vendida fomos obrigados a estabelecer prioridades de pagamentos para que continuássemos a realizar as corridas em nosso hipódromo.
Mas, por motivos desconhecidos, após infrutíferas tentativas o atual presidente do JCSP nunca se interessou em receber a diretoria do JCPR para a necessária reunião institucional que trataria de interesses comuns, dentre eles a dívida pendente, planejamento futuro e de estreitamento da "parceria" que as duas instituições defendiam.
Enfim, a atual diretoria do JCSP apresentou a dívida referente a repasse de apostas e que seria de meados do ano 2000, ou seja, a mais de 8 anos, bem como exige o pagamento das 16 Notas Promissórias assinadas pelo ex-presidente do JCPR, Sr. Eraldo Palmerini, em meados de 2003.
Por isso, em 26/06/08 o diretor financeiro do JCPR, Sr.Ricardo Cwikla, enviou um correspondência ao Sr. Mario Gimenes informando o reconhecimento do valor principal da dívida, porém solicitou ao JCSP que aguardasse o final das negociações da área comercializada, pois não havia condições financeiras de iniciar a tratativa para equacionamento da dívida.
Nos contatos telefônicos subseqüentes, a atual diretoria do JCPR jamais se negou a negociar o pagamento da dívida apresentada pelo "parceiro" paulista, porém informou que iria formalizar junto ao JCSP uma proposta compatível com a sua realidade e quando o momento financeiro assim permitisse.
Explicou-se também para a diretoria do JCSP que os valores antecipados ou adiantados pelos compradores da área do JCPR estavam sendo destinados aos pagamentos de prioridades básicas do clube como prêmios, profissionais, funcionários e despesas diárias, e que tão logo os débitos tributários fossem quitados a transação imobiliária estaria concretizada, definitiva, e aí sim os valores devidos pela comercialização da área seriam saldados com o JCPR.
Equacionada a transação de compra e venda o Presidente do JCPR, Sr. Roberto Hasseman, agendou reunião com o "parceiro" JCSP para 31/03/09, e acompanhado pelo Diretor Financeiro, Sr. Ricardo Cwikla, deslocaram-se a capital paulista, onde foram recebidos pelo Sr. Mario Gimenes (Diretor Financeiro) e o Sr. Nereu Ramos (Diretor de Turfe).
Inicialmente o JCPR em sua contabilidade tem lançado em seu balanço patrimonial a dívida com JCSP no montante de R$ 416.028,00.
O Sr. Mario Gimenes, porém expôs que esse valor não corresponde com os números contabilizados pelo JCSP, cujo montante corrigido unilateralmente pela entidade paulista até março/09 seria de aproximadamente R$ 2.100.000,00. Na seqüência da reunião, foi proposto por parte do Sr. Mario Gimenes, uma facilitação ao JCPR, a correção do débito apresentado por um "pacote de índices" pelo que se obteria uma média e disso resultou em um valor menor: R$ 1.500.000,00. Ato imediato, já lançou a proposta de pagamento sendo a entrada R$700.000,00 e o saldo em 20 pagamentos.
O JCPR prontamente informou que seria impossível assumir essa condição por inexistir fluxo de caixa suficiente para honrar este compromisso. Contrapôs o JCPR, na mesma ocasião, o pagamento em 50 parcelas para por fim a essa situação. O Sr. Mario Gimenes considerou a proposta como "indecente" e "inaceitável" encerrando a reunião com a imposição ao JCPR que enviasse uma nova proposta em 48h, ameaçando-nos já a partir desse instante com uma medida punitiva que seria o corte do sinal das corridas do JCPR, tal como fez ao co-irmão JCRGS.
O JCPR reuniu sua Diretoria e Conselheiros e após inúmeras argumentações decidiu-se pela ratificação da proposta anteriormente feita pelo JCPR de se parcelar o débito em 50 parcelas, cuja correspondência formal foi enviada em 06/04/09 ao JCSP.
Não aceita pelo JCSP a proposta reiterada, e com as corridas programadas para o dia 17/04/09, o Presidente do JCPR, Sr. Roberto Hasemann, humildemente fez exaustivos contatos telefônicos com o Sr. Mario Gimenes e Sr. Marcelo Motta, tentando demovê-los de cortar o sinal da corrida. Tentou inúmeras vezes contatar com o Presidente Márcio Toledo, mas este não atendeu sequer uma ligação.
Enfim como último ato a salvar as transmissões daquela sexta-feira, o Sr. Mario Gimenes impôs ao Presidente Roberto Hasemann que se comprometesse, via telefone, a enviar um cheque de R$ 500.000,00 na segunda-feira dia 20/04/09 para o início da quitação da dívida, e o Presidente Roberto Hasemann sabedor de suas responsabilidades e mantendo a política de gestão responsável imposta por sua Diretoria prontamente negou o envio do cheque e o final infelizmente para o turfe brasileiro todos conhecem.
Por fim, merece salientar como uma instituição "parceira" que tem um crédito sem valores líquidos e certos em sua totalidade, prejudica praticamente a única fonte de arrecadação do clube "co-irmão", tornando assim quase impossível o pagamento da dívida...
Para conhecimento do público turfista, ainda, e ao contrário do que o JCSP anunciou, as reuniões turfísticas do JCPR quando transmitidas via sistema JCSP tem todos os custos referente a geração de imagens, CPD, transmissão, geração de caracteres, entre outras, arcadas unicamente pelo JCPR e não pelo JCSP.
Estas despesas são deduzidas diretamente pelo JCSP, do resultado operacional final como indicado em documento contábil recebido semanalmente pelo JCPR.
A Diretoria e Conselhos do JCPR lamentam profundamente o ocorrido, julgando que o modo de retaliação utilizado pela diretoria do JCSP foi totalmente arbitrário, inadequado e inoportuno para o Turfe Brasileiro, pois é de conhecimento público que todas as entidades passam por sérios problemas financeiros.
Entendíamos nós do turfe paranaense que tanto contribui para a atividade no país que com diálogo e sensatez poderia se estabelecer uma forma de consenso para que a dívida pudesse ser honrada.
O Jockey Club do Paraná já está trabalhando na busca de outros caminhos para fortalecer a atividade em nosso estado e para que os profissionais, criadores, proprietários e turfistas não sejam prejudicados por esse lamentável episódio no combalido turfe nacional.
Diretoria Jockey Club do Paraná
29 de Abril de 2009
Mais uma arbitrariedade cometida pelo "expert" em relacionamento e politica, Marcio Toledo, presidente do Jockey Club de São Paulo.
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