CARTA
ABERTA DOS PROPRIETÁRIOS DE CAVALOS PSI
AO
JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO
Os
proprietários de cavalos participantes das provas de turfe do Jockey
Club de São Paulo vêm pela presente, externar a gravíssima
situação que vêm enfrentando.
De
fato, durante as últimas eleições de Diretoria, a chapa vencedora
externou os seguintes pensamentos:
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“Não
é possível a recuperação do turfe sem que os prêmios sejam
economicamente representativos para viabilizar a qualidade das
competições. Não podemos aceitar o atual momento do Jockey SP, que
sequer consegue promover um número aceitável de páreos e de
inscrições de cavalos em condições de competitividade. Essa é
realidade dos proprietários de cavalos de corrida da atual
diretoria. E essa é a razão pela qual os proprietários
tradicionais do JCSP transferem seus animais para correr no Rio de
Janeiro”
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Contudo,
em que pese às promessas formuladas, bem como o conhecido caráter,
comprometimento e honestidade dos atuais componentes da Direção do
Jockey Club de São Paulo, é certo que referido posicionamento não
vem norteando suas atuações, haja vista que:
-
Em deliberação recente e, para fazer frente às dificuldades
financeiras da instituição, a Direção do Jockey Club de São
Paulo determinou a retenção da maior parte das premiações devidas
aos proprietários de animais, mediante promessa verbal de que os
valores retidos serão pagos a partir de janeiro/2013;
-
Compreendemos a difícil situação financeira (previamente conhecida
e) encontrada pela atual Diretoria do Jockey Club de São Paulo, mas,
ao mesmo tempo, não conseguimos compreender sob qual aspecto se
mostraria razoável a adoção de medida que atenta contra a essência
da instituição, inclusive contrariando seus objetivos sociais e
estatutários;
-
Isto porque a medida em questão acabou redundando em punição
contra aqueles que, em suma, representam a essência do turfe – e
que colaboram, diuturnamente, com a preservação das atividades do
Jockey Club de São Paulo – e resultou em enormes dificuldades para
a formação de páreos e, ainda pior, já que a qualidade dos páreos
formados se tornou absolutamente discutível, haja vista que os
animais têm sido direcionados para outras praças;
-
A retenção de premiações tem se tornado elemento divisor de águas
no que se refere à continuidade das atividades de diversos
proprietários de animais, sendo certo que alguns destes já optaram
pelo encerramento de atividades no ramo caso a situação não se
reverta;
-
Ainda que preservem suas atividades, o atual estado de coisas impede
qualquer espécie de planejamento;
-
Mesmo que tais prejuízos fossem desconsiderados, até mesmo a
valorização de animais restou afetada;
-
A redução do retorno financeiro vem impedindo a criação de
empregos e, por pior, vagas anteriormente preenchidas vêm sendo
extintas, gerando desemprego para os profissionais do ramo;
-
A adoção da medida em questão não foi precedida de consultas aos
proprietários de animais;
-
Resta evidente o privilégio concedido ao equacionamento dos débitos
fiscais, aspecto que, apesar de sua magnitude e importância, poderia
ter sido levado a efeito sem prejudicar a atividade primordial do
Jockey Club de São Paulo (haja vista o caráter cíclico dos planos
de parcelamento e recuperação fiscais editados pelo Poder Público);
-
Não dispomos de um único documento subscrito pela Direção do
Jockey Club de São Paulo que garanta aos proprietários de cavalos o
recebimento futuro dos prêmios retidos e principalmente, que mostre
compromisso com o retorno da normalidade a partir de 1º de janeiro
de 2013.
Assim,
resta evidente a perigosa condição a que foram relegados os
proprietários, sendo certo que, em curto prazo, seremos obrigados no
sentido de optar entre a paralisação de atividades ou a mudança de
espaço para a alocação de nossos animais.
Contudo,
como forma de demonstrar o sentimento de parceria que sempre norteou
nossa atuação e, com vistas ao estabelecimento de compromisso,
submetemos ao crivo da atual Diretoria do Jockey Club de São Paulo
as premissas abaixo descritas:
-
Emissão de documento subscrito pelos componentes da Diretoria do
Jockey Club de São Paulo estabelecendo o compromisso de equacionar
as premiações impagas até o prazo limite representado pelo dia 1º
de janeiro de 2013;
-
O compromisso desta Diretoria no que se refere ao retorno à
normalidade, a partir do dia 1º de janeiro de 2013, do pagamento das
premiações previstas;
-
O estabelecimento de contrapartida consubstanciada na isenção plena
da taxa de cocheira (e não o abatimento equivalente a R$ 40,00),
pelo mesmo prazo em que se dará a retenção de premiações,
prevalecendo a partir de 01 de Setembro de 2012;
-
que seja aberta aos proprietários de cavalos a possibilidade de
compensação entre as premiações não recebidas (créditos) e os
valores eventualmente pendentes de pagamento em decorrência da
utilização do sistema Tele-Turfe (débitos) para a realização de
apostas, procedimento que, além de reduzir as obrigações futuras,
serviria como forma de incremento das apostas.
Aguardaremos
resposta da atual Diretoria do Jockey Club de São Paulo acerca do
acima exposto até 04 de Setembro antes da adoção de qualquer
medida, subscrevendo-nos.
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ADESÕES
Stud
Nova Republica, Stud Harmonia, Stud Royal Fox, Stud Turf Paixão,
Stud Barreiras, Stud Santa Veronica, Stud Piccollino, Stud
Bandeirantes, Wagner B. Silva, Stud Kumuchian, Stud Tristão, Stud
Coração de Leão, Nicholas e Eurico Jarussi, Marco Antonio
Spacassassi, Haras Dilema, Antonio Corteze Sobrinho, Adilson José
Bueno, Haras Play Horse, Stud Ceprano, Stud Supercampeão, Stud
Recanto do Derby, Stud Gladiador, No Fear Stud, Stud J.G. Correia,
Stud Personal Friends, Haras Petim, Fersu Stud, Stud Figuron e
Varanda, Eládio Mavignier Benevides, Stud Rolimã, Stud do Gardenia,
Stud Les Paxa 74, Stud Off The Way, Stud Magal, Stud BJ, Good Friends
Stud, Stud Los Tendões, Coudelaria F.B.L, Haras Tuta, Stud
Jaguarete, L.R.P, Elcio José Almafi Meca, Stud 13 do Recife, Stud
Flor da Montanha, Stud Dona Mônica.
Novas
adesões; cartaaberta@ig.com.br