08 julho 2014

O Código é indecifrável

Stud Figuron & Varanda
O Código de Corridas é justo? Resposta idiota mas verdadeira: sim e não, depende do ângulo do enfoque.
Peguemos o exemplo do terceiro páreo de sábado de Cidade Jardim, em que uma das componentes da parelha franca favorita, Capela Do Alto (quarta colocada no disco), reclamou da vencedora Waleria Thunder. Várias são as afirmações corretas sobre este lance. Vejamos:
1- Houve prejuízo? Houve.
2- Quem seria a vencedora, caso não houvesse? A vencedora seria a mesma da carreira.
3- E a prejudicada? Perdeu colocação por causa do embaraço? Sim perdeu. Claramente faria terceiro.
A regra é clara, Arnaldo! Pelo Código haveria a desclassificação. Errou a C.C. Mas o ponto não é esse. O ponto é: pelo Código, se a reclamante tivesse tirado sexto lugar (último neste caso) e perdido o quinto por cabeça, então deveria acontecer a desclassificação da mesma forma da primeira colocada para último.
O que acontece é que os Comissários não aplicam a lei da mesma forma. TUDO DEPENDE DE ONDE O RECLAMANTE CHEGOU. Para o Código não importa se fez segundo e perdeu por cabeça, se fez terceiro e perdeu por cabeça o segundo, se faz quarto e perdeu por cabeça o terceiro e assim sucessivamente. Perdeu colocação por cabeça e foi prejudicado, então quem prejudicou tem que ir para trás deste competidor. Também não importa se este ganhou por dez corpos ou por focinho.
Poderíamos arguir que ao agir de forma diferente para cada caso, o Comissário usa de bom-senso. Mas é bom lembrar que o bom-senso de um, pode significar senso estragado para outrem.
A única coisa certa é que a lei nunca é aplicada da mesma forma e que, em assim sendo, o Código é desrespeitado em uma enorme quantidade de casos em que se aplica o tal do bom-senso. Como resolver este problema é que são elas.

2 comentários:

  1. E não esquecer querido Aron Antunes Correa ,quando a prejudicada claramente foge para fora fugindo do assédio da vencedora ela dá um esbarro na 2 que tem que se arrumar rapidamente para continuar sua atropelada , para mim venceria a 2 mas isto pouco importa , o prejuízo foi enorme causado à égua da parelha e a desclassificação não deveria demorar nem um minuto para ser efetivada , foi um escândalo e olha que falo de cadeira pois joguei 150 reais na vencedora e só não rasguei as poules porque já estou farto destas e outras decisões completamente equivocadas tanto da comissão de SP quanto da Gávea o que nos dá sempre esperança , como foi o caso , de que eles errem a nosso favor .

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  2. Eu acho que o CNC é absolutamente correto, porque pune com rigor qualquer prejuízo que leve a alteração no resultado, dando o incentivo correto para os jóqueis não causarem prejuízos. Isto mantém a lisura dos resultados e a segurança dos jóqueis e animais envolvidos, mas acaba levando algumas vezes a desclassificações catastróficas, como no páreo acima que o vencedor deveria ter ido para o 4. lugar (perder uma poule assim é bem desagradável). O uso da "subjetividade" premia o infrator, que acaba não sendo punido e é incentivado a repetir sua infração.
    Assisti o páreo pelo replay, e devo concordar que a não aplicação do CNC foi uma falha grosseira da comissão de corridas, dado o tamanho do prejuízo e a ação da prejudicada no final, que não deixa dúvidas quanto a alteração do resultado do páreo.

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