Alguns já sabiam, outros, como no meu caso, não. Fato é que Ernest Rutherford e Niels Bohrn são dois físicos. O primeiro desenvolveu a moderna concepção do átomo como um núcleo em torno do qual elétrons giram em órbitas circulares. Já o segundo, posteriormente, complementou estas concepções. Juntos, então, Rutherford Bohr, foram os criadores de um novo Sistema Atômico.
Já o nosso Rutherford Bohrn é um cavalo que pintou bem, mas com alguns problemas locomotores, acabou quase chegando ao ostracismo, depois de péssimas carreiras na Gávea. Deu uma paradinha de quase três meses e voltou recauchutado, ganhando claiming contra competidores de razoáveis para bom em Cidade Jardim.
Neste domingo, na distância de 2000 metros, em prova bem mais encorpada e na grama, raia que ainda não havia competido com sucesso, largou bem mas manheirou, ficando para último. Seu jóquei o sacou para fora e correndo sempre no mesmo diapasão, foi passando um a um os adversários, para, na cabeça da curva, estar lutando pela vanguarda. Fez a curva do lado dos ponteiros, sempre por fora e, ao entrar no linheiro final, quando todos pensavam em um retrocesso, tomou a ponta. Na altura dos duzentos e cinquenta finais, a imagem da corrida era aquilo que alguns narradores costumam traduzir por "formou-se um leque". Nada menos que quatro concorrentes avançavam por fora e nosso valente personagem deu a impressão que nem trifeta faria. Foi apenas impressão. Juntando forças que equivalem a mil bombas de hidrogênio, voltou por dentro, deixando o locutor, que já anunciara a vitória do oponente que vinha ao lado, falando sozinho.
Em sua homenagem, deixo este vídeo impagável de Ariano Suassuna (não deixem de ver):
E é claro, o replay da carreira:
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