O JCSP homenageia hoje, 28/02, a égua Cisplatine, vencedora do GPSão Paulo de 1986, derrotando o peruano Lutz, em final jamais por nós esquecido. Cisplatine, uma Janus em Ocasião, por Waldmeister, de criação e propriedade da família Peixoto de Castro, teve, naquela prova, uma direção inesquecível daquele que, em nossa opinião, foi o melhor jóquei brasileiro depois de Luis Rigoni, o freio Gonçalino Feijó de Almeida. Ao contrário do peruano, com direção confusa de Vitor Bardelis, Cisplatine foi dirigida milimetricamente por Goncinha, o que levou o titular deste blog, meu amigo Aron Correa, que nao acredita em cálculo de percurso, a sempre dizer que esta prova é a exceção que confirma a regra. Goncinha, aliás, já havia vencido, também com excelente direção, a mesma prova no ano anterior, pilotando a craque Bretagne, da mesma cocheira. As duas éguas, inclusive, tiveram campanhas semelhantes já que Cisplatine correu 16 vezes, com 8 vitórias e apenas uma descolocação, ao passo que Bretagne correu 19 vezes, com 11 vitórias e apenas 1 descolocação. Quanto a G F Almeida, sua melhor direção foi dada em 1.990, quando mudou-se, de mala e cuia, para os E U A. com toda a família. Por lá obteve sucesso, tendo sido o primeiro brasileiro a vencer prova de g1 naquele país. E assim, apesar de suas 2.600 vitórias na gv, nunca mais pude ouvir o grande locutor e meu amigo Ernani Pires Ferreira dizer que " Goncinha vem violinando à moda Rigoni". Termino com uma estória do jornalista Paulo Gama, o qual em 1978, após a vitória do craque Sunset no GPBrasil, assistiu a um streaptease nas sociais do JCB, só interrompido quando a noiva do filho do cidadão declarou que se ele tirasse mais uma peça ( a próxima seriam as calças ) ela não se casaria com seu filho, já que filho de louco deveria ser louco também. E alheio a tudo isso o público que lotava o hipódromo naquele distante ano, aplaudia de pé Gonçalino Feijó de Almeida, o grande Goncinha por mais uma vitória.
Cisplatine, Bretagne, Sunset, os Peixoto de Castro, Ernani Pires Ferreira e Gonçalino Feijó de Almeida fazem parte de um turfe que já passou e não volta mais e por isso, talvez, esteja em franca decadência.
Brilhante texto El aragones.
ResponderExcluirA cerca externa dos Grandes Premios São Paulo jamais foi a mesma depois do Goncinha, rsrsrs !!
Ele que foi meu primeiro ídolo na Gávea e a quem eu alcunhava de Malba Tahan, me desculpe Aron, por ser "O Jóquei Que Calculava".
Lembro com saudade dos pegas memoráveis com Juvenal e tabém por me proporcionar talvez o melhor dia que desfrutei no JCB, pois naquele longínquo 1978 de Sunset ele já havia violinado na milha do Presidente da República com Triarco (Se não me falha a memória, do Pedras Negras).
Uma tarde inesquecivel !
Caro Cleo,
ResponderExcluirAgradeço, mas o grande herói é, adorei saber como você o chamava, o Malba Tahan G F Almeida. Com a vênia do grande Aron, esse era um mestre do cálculo.
Tempos atrás tinha pensado em fazer um artigo com o titulo de "Gonçinha, o duble de um gênio", mas por falta de informações não o fiz. Vejo agora o texto do Aragones e fico satisfeito, eu não chegaria nem perto, parabens.
ResponderExcluirMuito obrigada por todas as pessoas que me fizeram eu ser cada vez mais o profissional dedicado que fui .
ResponderExcluirObrigado também pela forma carinhosa de que falam de mim agradeço a todos que me ajudaram a fazer um Turf Grandioso no passado que já mais vou esquecer. Atenciosamente Obrigada Goncalino Feijo de Almeida, Goncinha