El Aragones,
Para você que viveu a época de ouro da cidade do RJ recomendo sem
pestanejar o livro de Ruy Castro " A Noite do Meu Bem- as Histórias e as
Histórias do samba canção". Foi lá que encontrei essa joia de
comentário sobre Theóphilo de Vasconcellos, o maior locutor de corridas
de cavalos já surgido no Brasil, opinião insuspeita inclusive do meu
amigo Ernani Pires Ferreira que para mim foi o melhor, já que era muito
pequeno quando Theóphilo narrava os páreos e lembro pouco dele. Seus
bordões eram muito mais interessantes do que alguns de agora ( " era uma
segunda força" ) e, além disso, tinha como companheiro de trabalho
ninguém menos que o grande Luiz Reis ( habla cabejera), ao contrário dos
curibocas ( perdão pelo uso da expressão Haroldo Barbosa ) de hoje.
" Theóphilo veio de Pernambuco para o RJ em muito boa companhia
como Fernando Lobo ( pai de Edu Lobo ), Antonio Maria (ninguém me ama ),
Abelardo Barbosa, o grande Chacrinha e outros. Para aproveitar seus
momentos de folga das transmissões das corridas Theóphilo resolveu abrir
uma boate chamada " Stud do Theo", segundo ele a única boate turfística
do RJ, onde os garçons se vestiam de jóqueis e os cumins de
cavalariços. O local tinha excelentes atrações musicais e os
grandes artistas do momento ali se apresentaram ( Johnny Alf, Lucio
Alves e o próprio Luiz Reis entre outros ). Entretanto o grande
momento da noite era quando, a partir da meia- noite , entrava em
cena um brinquedo com cavalos mecânicos simulando uma corrida com
narração do próprio Theóphilo e que permitia apostas aos frequentadores.
E se você achou que eles eram fracos cito apenas dois : Jango Goulart e
Haroldo Barbosa" .
Tempos notáveis e que jamais voltarão.
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