28 setembro 2008

Sugestão à Comissão de Corridas- III

Como se já não bastasse todo o favorecimento que os cavalos desferrados levam, fator que já foi mais do que comprovado, em dias de grama macia, mais uma vantagem, pois seus interessados têm até perto da corrida para decidirem se seus pupilos vão ou não descalços. É muita coisa, além de atrapalhar os apostadores que fazem Concursos. Minha sugestão é que já se force na planilha de inscrição, como o competidor vai atuar em caso de pista macia. Ajuda o apostador e não dá tanta moleza para quem opta correr desferrado.

22 comentários:

  1. Aron, esta é uma reinvindicação que eu fiz faz uns três anos, na época a comissão de corridas não me respondeu. Como eu vou fazer uma aposta adiantada se não sei qual o ferrageamento do animal? Aonde envolve apostas a dinheiro, as regras tem que ser totalmente claras.

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  2. Acho que vou discordar. A definição de grama macia é absolutamente subjetiva. O "famoso" índice do pnetrômetro, marcando o mesmo valor, as vezes permite que um animal corra desferrado, outras vezes não. A decisão do animal correr ou não desferrado, só poderá ser feita após verificação do real estado da raia. E não pela colocação por parte da comissão de corridas de leve ou macia. Quantas vezes vocês já devem ter visto a grama leve, ou marcando tempo de leve, com a definição de macia? Ou o inverso.
    Talvez fosse melhor pensar ou imaginar uma outra alternativa.

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  3. Paulo,
    Você tem razão. A melhor sugestão, talvez seja a seguinte: choveu, a CC deu Grama Macia, os competidores ficam obrigados a correr ferrados.A definição não pode ficar a merce dos responsáveis pelo concorrente examinarem a raia e de acordo com a sua conveniência optar por ferrar ou não.
    Imaginemos uma situação hipotética, em que no último páreo o franco favorito está marcado para correr desferrado e supondo que a raia tenha dado vitória a cavalos desferrados no mesmo dia.Ainda no terreno da suposição, temos três talões fechando o Pick 8, dois com crava do favorito e um com várias opções. Já pensou o problema que vai dar se o treinador preferir ferrar o seu animal.
    É só um exemplo, tem muitos outros, todos contra a transparência.

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  4. Aron,
    O que você sugere, é o que acontece para grama pesada. Ou seja, em a comissão alterando o estado da raia para grama pesada, nenhum competidor poderá correr desferrado. Agora, veja por outro lado. Como a comissão não altera o estado da raia de leve para macia ou pesada, baseada no pnetrômetro, e sim por mera verificação dos tempos marcados, ou se ela esta levantando torrões ou não ou qualquer outro, toda e qualquer alteração será absolutamente subjetiva. Se, você concordar com isso, já imaginou em que situação a comissão se colocará, usando o exemplo que você sugeriu?

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  5. Paulo,
    Respondendo a sua pergunta: na mesma situação em que ela fica quando julga uma reclamação. Se é preciso que ela seja subjetiva, para mudar o estado da raia, pois bem, que seja. A meu ver, melhor um subjetivismo de uma Comissão de Turfe ao subjetivismo que pode vir a ser tendencioso, de acordo com as necessidades,dos responsáveis pelos animais em questão. Fica melhor do que como está. Pode ser que as sugestões apresentadas aqui não sejam as melhores, fique à vontade para apresentar uma.

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  6. Aron,

    Aí vai uma, que você, com certeza, não vai gostar. Não permitir que os animais corram desferrados em nenhuma situação. É uma condição de igualdade absoluta. Com certeza os animais agradecerão. E, muito importante, não foi minha intenção diminuir ou desqualificar a sugestão apresentada, e sim debater sobre o assunto. Atenciosamente

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  7. Paulo,
    Veja uma postagem minha de 10 de julho deste ano.
    "Ferrageamento
    Aqui vou me ater ao que realmente interessa, desferrados na pista de grama. Por uma pesquisa que fiz, cavalos que correm sem ferraduras, melhoram de três a seis corpos o seu rendimento em carreira. Ou seja, quase um segundo, em média. Muitas substâncias enquadradas como doping, não conseguem tal performance. Fica a pergunta, porque a prática de se correr desferrado não é usada pela totalidade de competidores, à exemplo do que acontece na areia com as agarradeiras? É que tal prática, em excesso, é ofensiva à saúde dos cascos dos animais, comprometendo a campanha dos mesmos. Parecido com anabolizante, melhora na hora, mas depois...Para mim, tá mais do que na cara, que tal handicap devesse ser proibido. Primeiro em prol da espécie; depois do apostador, que quando chove um pouco e a grama fica macia, fica desesperado atrás de informações, para confeccionar seu bolo, por exemplo: vai desferrado, não vai desferrado; e por fim, pelo princípio de igualdade de condições, que deve reger uma corrida: se todo mundo vai de motor "Honda", porque alguns vão de "Ferrari"."

    Já dei esta idéia, que sem dúvida é mais justa. Mas por não ser atendida, tento outra, uma hora alguém percebe que corrida de cavalos, handicap é só permitido no fator peso.

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  8. Aron,

    Eu, concordo.
    E, veja só, como supervisor e proprietário de alguns animais, vou dar uns poucos exemplos. O Jet ganhou da Celtic Princess no RJ desferrado e meteu record. Ele podia correr desferrado, tinha cascos que permitiam. E, só corríamos, algumas vezes. O Capricho, que ganhou ontem, não tem, nem terá a menor possibilidade de correr desferrado. Seus cascos são razos demais. Ele, melhoraria desferrado? Talvez, mas nunca saberemos. A Oriental Filly corria muito mais desferrada. Também tinha cascos bons. Mas, eu gostaria de preservar todos os animais. Se, fosse implantado a necessidade de correr sempre ferrado na grama, eu gostaria muito. Mas, a chiadeira ia ser imensa. Mas essa é com certeza uma solução de igualdade. Acredito que você deva lembrar, quando em CJ se começou a correr com agarradeiras. Quem tinha dinheiro, comprava e ganhava. Quem não tinha.....Até que se proibiu outra vez. Elas voltaram muito tempo depois.
    Essa hipótese de correr sempre ferrado é uma bandeira que vale a pena desfraldar, mas, creio que será uma briga inglória.

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  9. Ontem mesmo conversei com alguns treinadores que me falaram algo que sempre ouvi ... no retão, tudo bem correr desferrado na grama macia ... o problema são as curvas .... Mas o que, nesse caso, resolveria o problema é simples: estabelecer um horário limite antes do páreo para que o treinador defina o ferrageamento, no caso de grama macia. Vão dizer: mas e quem tem cavalo no primeiro páreo? Questão do treinador arriscar, e do apostador idem ... o que não pode é não haver a informação a tempo e segura quanto ao ferrageamento.

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  10. Ricardo,

    As curvas e também a cerca móvel.
    Acho que outra coisa importante, é que na grande maioria das vezes que um animal é referrado depois que se apresentou, é com o ferrador do JCSP, e não com o ferrador habitual da cocheira, o que a maioria dos treinadores parece não gostar.

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  11. Sobre correr desferrado, posso citar como exemplo os EUA. Lá não existe divulgação do ferrageamento do animal, cada treinador age da melhor maneira possível para que seu cavalo se porte bem. E lá existem diversas opções, agarradeiras nas mãos e pés, mesmo na grama, ferraduras de borracha e etc..

    Ocorre que nos EUA, em alguns hipódromos (não sei se em todos) é permitido correr desferrado e depende de uma autorização específica. Essa autorização é concedida somente para cavalos que precisam correr desferrados. Joe Who ganhou um G1 na Califórnia desferrado, mediante autorização da comissão do hipódromo, não ganharia o mesmo páreo ferrado com certeza. O craque Bandido Secreto, ferrado, seria forfait natural em qualquer páreo, alcançava com seus posteriores as suas axilas.

    Resumindo, concordo com a proibição de se correr desferrado, é o mais justo, autorizando correr desferrados somente casos específicos e, quanto a estes cavalos, ou correm desferrados, ou devem ser retirados.

    Adolpho Smith de Vasconcellos Crippa

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  12. O ferrageamento tem que ter um horário limitado como era feito anteriormente na Gávea: até 08:30h, quando da informação dos forfaits.Caso haja mudança de pista,todos de aluminio, sem agarradeiras.Seria mais criterioso e o apostador também ficaria satisfeito.Quanto a mudança de pista,ficaria igual para todos.

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  13. Adolpho, sou contra proibir. Desde que haja informação segura, não vejo motivo para a proibição. Acho que é mais um instrumento nas mãos do treinador/proprietário para alcançar a performance desejável.
    Abraço

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  14. Ravagnani,

    Só disse que concordo com a proibição pois, tendo vivido boa parte do meu tempo junto aos cavalos, cheguei à conclusão de que é muito difícil para um treinador definir o ferrageamento de seu cavalo na segunda-feira à noite ou terça-feira pela manhã da semana que antecede o páreo.

    E como a vontade do apostador (cliente no caso) é ter uma informação firme e confiável para o estudo dele, o melhor para todos é a proibição de se correr desferrado.

    Garanto pra você e já aconteceu isso com cavalo meu inclusive, que tem muito favorito marcado pra ir desferrado em grama leve que se pudesse ir ferrado teria mais chance de defender o dinheiro dos apostadores. As condições do casco de um cavalo podem mudar da definição do ferrageamento até a data da corrida e ele não ter condições de correr desferrado naquele dia.

    Mantendo-se a prerrogativa de correr um cavalo desferrado, o certo seria definir o ferrageamento na manhã do páreo e, mesmo assim, ainda correndo o risco de ter alterações devido às mudanças de tempo.

    Um abraço.

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  15. Ricardo,

    Eu concordo com o Adolpho. A igualdade é indiscutível. A preservação da saúde dos cascos, então, nem se fala. Então, porque correr dessferrado? Se, uma performance maior, pudesse eventualmente acontecer com um animal, não aconteceria para ele, nem para os adversários.

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  16. Paulo e Adoplho, esse raciocínio não é o mesmo dos que são contrários ao uso de lasix?
    Abraço

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  17. A pergunta não foi endereçada para mim mas gostaria de opinar. Lasix é dado para recuperar um cavalo, que tem problema de hemorragia. Acho que se o cavalo não consegue correr ferrado por se alcançar ou o que quer que seja, como já ressaltou o Adolpho, aí sim poderia se atuar desferrado. Esse é que é o ponto Ravagnani. Só permitir um elemento externo, no auxílio de um competidor, que precise de tal. A performance desejável, não deve ser alcançada com artifícios que não estejam disponíveis a todos.

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  18. Ricardo,

    Talvez seja o mesmo raciocício. Mas, eu também não sou favorável ao uso de lasix, nem de anti-inflamatórios, nem de infiltrações...etc.

    Mas, se falarmos apenas no Lasix, a tentativa é de se obter a performance natural do animal,sem que ele esteja, em tese, sujeito a um problema pulmonar.

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  19. olá aron,tudo bem?tenho uma opinião a respeito de desferrados e que tais..infelizmente e colocado em pratica mais uma vez o jeito "brasileiro"de se levar vantagem em tudo pois se vc notar o grau de performances irregulares,que são motivados pelo bel prazer dos treinadores em correr uma vez sim e outra não seus animais de determinados jeitos diferentes ,me fez acreditar completamente que se trata apenas de um claro "ALVARÁ"
    pra justificar disparidade de atuações,não bastasse a gente não saber exatamente como se encontram os animais que correm claimings,etc..etc...o porque de um ir mais barato que outro pra ficar mais leve ou por estar em mau condicionamento fisico?enfim esta claro que o estudo das corridas de cavalo e suas nuances,
    tornam se o mais dificil prognostico dos esportes "estudados"abraços e parabens pelo blog.

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  20. Caro Aron, só hoje descobri seu blog, até por ter estado afastado mais diretamente do turfe por algum tempo (neste período o Paulo Otero cuida dos meus poucos matungos em carreira). Quanto ao tema debatido concordo com o Paulo na questão que todos os animais deveriam correr ao natural, ou seja, sem lasix, sem anabolizante, ferrageamento igual, etc. Sou até contrário a amarrar a língua. No breve período que estive na CC ficava irritado com este expediente. Quando eu gerenciava meus animais eles só corriam com a língua amarrada se o treinador tivesse uma boa razão e eu usava um aparelho de velcro que trazia dos EUA. Amarrar com meia para mim é quase um crime. Já pensou amarrar a língua do jamaicano dos 100 metros???
    Abraços e parabéns pelo blog. Obrigado pelo voto de confiança na Queija de Amor. Vamos torcer para que ela corresponda.
    Abraços,
    Paulo Costa
    Norton America Stables
    Hs. Arcadas de São Francisco

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  21. Olá Paulo,

    Seja bem vindo e vamos torcer para a Queija De Amor. Eu sei que você nao gosta do nome dela, mas pelo menos acho que vai lhe dar uma alegria hoje.

    Um abraço e continue participando.

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  22. Caro Aron,
    a Queija de Amor não deu susto. Fico feliz que ela tenha lhe dado uns pontos a mais no concurso e um premio a mais para mim (veio em boa hora...). Realmente não gosto do nome, que foi uma falha do Ponta Porã - ou é Queja de Amor, em Espanhol, ou Queixa de Amor, em bom Português. Se você notar que o irmão dela da letra P é o Peligroso vai deduzir que eles queriam o castelhano. E o Stud Book engole fácil... Queija, segundo minha mulher que é mineira de Ouro Preto, só pode ser o masculino de Queijo...
    Abraços a todos.

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