Viva as mulheres

Em um esporte em que os profissionais são quase todos do sexo masculino, é extremamente prazeroso assistir um páreo em que as três primeiras colocações foram decididas por todas as joquetas que tinham montaria no páreo. Mais lindo ainda foi a chegada, onde as três deram fila de vitória e cruzaram o disco separadas por escassa diferença. No final, valeu a maior experiência de Josiane Gulart, que conduzia Durban. A égua vinha morrendo, mas ela trouxe no braço. Depois de um período nebuloso, se firmou a "gatinha". Um pouco mais de sorte e a vencedora teria sido Pirapuitã, que teve alguns embaraços na reta. A Jeane Alves já teve momentos melhores, não que ela tenha feito algo errado, não fez. Me refiro a sua carreira. Vem vencendo alguns páreos, agora com menor frequência, mas o que está faltando é aquela pilotagem sensacional (ela já fez algumas) que ao voltar para a foto da vitória, o público aplaude de pé. Já a Halithéia Cordova deve amar muito a profissão, pois depois que passou a joqueta, recebe muito menos oportunidades que a Josiane e a Aderlândia. Deve ser duro, mas uma qualidade ela já mostrou: é uma guerreira. Está lutando com unhas e dentes para sobreviver no ofício.