El AragonesCompleta hoje 70 anos meu amigo Laércio Sábato, também conhecido como " o catedrático" desde o tempo em que trabalhava para Nilson Genovesi ao lado de figuras como Marcondes Neto, Afonso Roberto, Laércio Giusi e outros, momento em que o JCSP dava as cartas no turfe brasileiro. Ficou ainda mais conhecido quando dedicou seu tempo a fazer comentários para a mesa do turfe na tv e a comentar as corridas do JCRGS. Exatamente por discordar da programação de então e seguindo seu caráter, Laércio um dia fez pesadas críticas ao horário das corridas naquele hipódromo e acabou sendo dispensado da televisão, o que motivou uma ação sua contra o JCSP na qual saiu-se vencedor. Combativo, Laércio é homem de opiniões fortes, às vezes em excesso, mas é sempre carinhoso e prestativo com os amigos. Tive a satisfação de sua companhia em um meeting no hipódromo de Palermo e, como estávamos no mesmo hotel, fizemos alguns programas juntos quando aproveitei para mostrar-lhe outras facetas da cidade. Temos o salutar hábito de, uma vez por mês, nos reunir em um local de SP para trocarmos idéias sobre turfe e sobre todas as outras coisas da nossa cidade e país, sendo que curiosamente jamais conversamos sobre páreos a serem corridos, ou seja, nunca falamos sobre barbadas e talvez esse seja o sucesso de nossa boa relação. Sua vida é repleta de altos e baixos e, por isso mesmo muito interessante. Na minha idade os amigos são raros e escolhidos com muito cuidado, sendo que o último deles foi exatamente Laércio. De sua numerosa família conheço apenas sua esposa Nilma, sua filha Luiza e seu filho Lucas, todos gente muito boa. Faço-lhe a homenagem aqui no blog do Aron porque foi por intermédio deste blog que travamos conhecimento e desejo-lhe, bem como a sua imensa família, um caminhar com muita paz. Laércio Sábato é uma pessoa digna , o que nos dias de hoje e principalmente no meio turfístico é uma raridade. A ele meu respeito.
Parabéns a um dos maiores catedráticos que passaram pela TV Jockey. Seus comentários, além de certeiros, foram sempre muito bem abalizados.
ResponderExcluirMesmo sem conhece-lo, sempre tive grande admiração por Laercio Sábato!
ResponderExcluirNo começo do simulcasting RJ/SP, nos idos de 90, o Laercio cansou de salvar o meu "anjo de guarda" (é assim que nós cariocas nos referimos quando nos salvamos nos estertores).
Parabéns e vida longa com muita saúde ao grande catedrático.
Waldir Alves de Souza
Parabens ao Laercio no qual tive o prazer de conhecer no Bento de 2014 no Cristal,gente da melhor qualidade, e catedratico ao extremo.Desejo muita saude,paz e felicidades.Abracao.
ResponderExcluirPaulo Aguilar.
Aron, El Aragones e amigos do Blog,
ResponderExcluirFiquei naturalmente lisonjeado e agradecido por essa inesperada homenagem, uma semana atrás, no meu aniversário, do "já não tão novel" amigo Marcos Mello que tanto prezo.
Sem entrar na troca de confetes, me tornei, tanto quanto ele, mais seletivo na escolha das amizades e o convívio freqüente consigo, de uns dois anos para cá, veio a enriquecer o pequeno contexto social que me restou depois da saída do JCSP.
Há claros exageros nas palavras do Marcos a meu respeito, pois ter a dignidade elogiada é na verdade uma evidência do quanto empobreceu o ambiente do turfe, a ponto de uma obrigação ser tomada como atributo.
A adjetivação de "catedrático", inserida como enaltecimento, também precisa ser vista com reserva pois esconde o viés de ser encarado como homem de um só instrumento, como senti na pele durante muitos anos. Muitas vezes fiquei incomodado com o rótulo de "barbadeiro", encobrindo possíveis outras colaborações que poderia ter prestado ao turfe profissionalmente.
Mas, como se diz que "há males que vêm para o bem", ao me afastar da rotina do Jockey, em 2005, pude me dedicar bem mais à família, inclusive participando ativamente da educação de minha filha mais nova, a Luiza, nascida naquele mesmo ano. Como turfista, também fui brindado com a oportunidade de conhecer a maioria dos hipódromos sul-americanos, coisa impossível no tempo de TV Jockey.
Nesse contexto sou particularmente grato a El Aragones. Todos sabem, pelas postagens aqui no Blog, que ele é mesmo um dos mais argentinos dos brasileiros e em algumas oportunidades que fui a Buenos Aires acompanhar as carreiras me prevaleci dos seus amplos conhecimentos não só do turfe local, como também das grandes atrações que a capital argentina oferece na gastronomia, nos espetáculos, na vida cultural e nos bares diferenciados. Por isso costumo dizer que as pessoas normais "andam", "passeiam" ou "circulam" por Buenos Aires enquanto El Aragones "desliza" ou "sapateia". Um dos melhores exemplos disso foi o dia que, estando ambos por lá, meu amigo, alegando uns compromissos, marcou comigo um reencontro às 11 da noite em um endereço estranho: uma rua semi-deserta em frente a uma floricultura, à essa hora fechada, naturalmente. Só depois vim a perceber que ali funcionava, no subsolo, sem nenhuma sinalização que demonstrasse isso, a Floreria Atlântico, um dos mais famosos bares do mundo. Muito tempo depois, vim a confirmar tal destaque em uma reportagem do Estadão, que pode ser apreciada no link abaixo:
http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,floricultura-em-buenos-aires-esconde-um-dos-melhores-bares-do-mundo,5230,0.htm
Obrigado, Marcos Mello.