20 dezembro 2011

Sete Cantigas Para Voar

De Vital Farias na tocante interpretação de Amanda Acosta


2 comentários:

  1. Excelente postagem, Aron. O já veterano Vital Farias, menos conhecido do que deveria ser, é autor de excelentes músicas da MPB. Vou citar algumas, mais populares:

    Ai Que Saudades de Oce
    Caso Você Case (foi tema de novela)
    Era Casa Era Jardim
    Veja Margarida
    Saga da Amazônia
    Vital Farias fez parte do grupo que consagrou o espetáculo Cantoria, no Teatro Castro Alves, Salvador –Ba, anos 80, juntando-se a Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai. Todos com profundas raízes no nosso cancioneiro popular. Eu particularmente, sou fã do Xangai e, quando você puder, sugiro que poste (não consigo fazê-lo daqui) desse artista as canções Retinas; Meninos, Matança e o curioso ABC do Preguiçoso.
    Abraços

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  2. É isso aí Laércio. Gosto muito dessa turma toda, mas acho o Elomar genial, cito o Violeiro, aquela que tem esse verso lindo :

    Apois pro cantadô i violero

    Só há treis coisa nesse mundo vão

    Amô, furria, viola, nunca dinhero

    Viola, furria, amo, dinhero não


    Deixo a letra toda aí embaixo e quem quiser escutar no You Tube o link é este:

    http://youtu.be/0pIC08RGYg0





    Vou cantá no canto di primero

    as coisa lá da minha mudernage

    qui mi fizero errante e violêro

    Eu falo sério e num é vadiage

    E pra você qui agora está mi ovino

    Juro inté pelo Santo Minino

    Vige Maria qui ôve o queu digo

    Si fo mintira mi manda um castigo



    Apois pro cantadô i violero

    Só há treis coisa nesse mundo vão

    Amô, furria, viola, nunca dinhero

    Viola, furria, amo, dinhero não



    Cantado di trovas i martelo

    Di gabinete, lijêra i moirão

    Ai cantado já curri o mundo intero

    Já inté cantei nas portas di um castelo

    Dum rei qui si chamava di Juão

    Pode acriditá meu companhero

    Dispois di tê cantado o dia intero

    O rei mi disse fica, eu disse não



    Si eu tivé di vivê obrigado

    um dia i antes dêsse dia eu morro

    Deus feiz os homi e os bicho tudo fôrro

    já vi iscrito no livro sagrado

    qui a vida nessa terra é uma passage

    Cada um leva um fardo pesado

    é um insinamento qui desde a mudernage

    eu trago bem dentro do coração guardado



    Tive muita dô di num tê nada

    pensano qui êsse mundo é tudo tê

    mais só dispois di pená pela istrada

    beleza na pobreza é qui vim vê

    vim vê na procissão do Louvado-seja

    I o assombro das casa abandonada

    côro di cego na porta das igreja

    I o êrmo da solidão das istrada



    Pispiano tudo do cumêço

    eu vô mostrá como faiz um pachola

    qui inforca o pescoço da viola

    E revira toda moda pelo avêsso

    i sem arrepará si é noite ou dia

    vai longe cantá o bem da furria

    sem um tostão na cuia u cantado

    canta inté morrê o bem do amo.

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