15 março 2009

Até no asfalto

Quem acompanha o blog sabe que quando o Indomito estreou, teci os maiores elogios à sua atuação. Pareceu-me que ali estava nascendo um craque. Depois da vitória de hoje, quando deu um pulo na distância e experimentou a grama, vejo que felizmente não havia me enganado. Tem a virtude que poucos craques do passado tiveram, que é o de ter raiva de qualque r tipo de superfície destinada a corrida de cavalos. Outras virtudes dignas dos grandes craques? Dócil no starting gate e muito pronto de partida, com ele é "quem quiser que me siga".
Um detalhe que me chamou a atenção foi o de Altair Domingos, logo ao cruzar o disco, dar uma olhadinha para trás e vendo a larga margem de corpos que separava seu pilotado dos demais, aplicar dois tapinhas carinhosos no pescoço do animal. A frase que , com certeza, veio aliada a esses dois tapinhas, deixo na imaginação de cada turfista qual foi, ou quem sabe, o próprio Domingos não seja um leitor do blog e queira ter a delicadeza de, aqui, nos relatar.

10 comentários:

  1. INDOMITO: corredor ele provou que é, a próxima pergunta é até onde? para se firmar como craque, 1600? 2000? 2400? tomara que aborde todas as distâncias sempre com o mesmo ímpeto e disposição, venha a ser um tríplice coroado e acima de tudo que fique no Brasil.

    aproveitando: DONO DA RAIA, valeu mesmo a pena tudo o que fizeram todos os imbecis envolvidos no episódio?

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  2. Sobre o comentário do Veloso sobre o Dono da Raia, acho que o adjetivo foi muito bem colocado. Olho grande. soberba e falta de profissionalismo sempre dá nisso. Tivessem deixado aquele cavalo por aqui, teriam ganho muito mais em termos de prestígio e valorização para a criação nacional, ao invés de achar que eram os Donos do Mundo. Embolsaram uns dólares, perderam o cavalo, que sumiu da história, e tudo ficou por isso mesmo. Por isso que sempre elogio o Julinho Mesquita, que podia ter feito o mesmo com Top Hat e Quick Road, mas manteve os cavalos por aqui e só alegrias colheu. Espero que sirva de exemplo para os responsáveis por Indomito, para que não repitam o mesmo erro e mereçam o adjetivo usado pelo Veloso...

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  3. Pio e Veloso,
    Se todos que venderam seus craques para o exterior receberem a adjetivação dada por vocês nos seus comentários,quase todos criadores e proprietários de porte do Brasil seriam imbecis. Acho que não é por aí. Cavalo de corrida também é comércio, se fosse só amor, não se precisaria comprar potros de grandes filiações nos leilões mais badalados. Quem investe e muito nesse tipo de leilão, tenham a certeza, muito mais do que o prazer de ver surgir um campeão, pensa no que esse campeão vai lhe trazer de retorno.
    A frase que mais ouvi na vida sobre desperdicío da sorte grande, foi justamente de proprietários modestos, que tiveram a sorte de comprar um craque em um leilão e que mantiveram seus cavalos, apesar de haverem propostas mais do que tentadoras.A frase é esta: " Perdi tudo por não ter vendido na hora certa."

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  4. PREZADO ARON; respeito sua réplica e ponto de vista, apenas respeito, no mais, SEM COMENTÁRIOS !!!

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  5. ARON, só uma pergunta; se a base do turfe se resume a comércio, convenhamos, um determinado páreo a premiação para o proprietario do ganhador é de 4.000,00 reais, e o seu cavalo é favorito pule de 10 (devolução), se um BOOKMAKER te oferecer 5.000,00 reais para mandar puxar o seu cavalo, vc o faria? reflexão? COMÉRCIO É COMÉRCIO, depende do ângulo de quem vê!!!

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  6. Veloso,
    Você acertou, o comércio é a base. Elimine-se os leilões de potros e matrizes e em pouco tempo não se tem mais corridas. Sem falar nas apostas, se o dinheiro não flui, temos um turfe agonizante, exatamente como no Brasil. Já onde o Turfe é tratado com um pouco mais de profissionalismo, percebe-se com muito mais clareza como o esporte das rédeas é belo.
    Espero que você não confunda as coisas. Justamente por amar os cavalos e todo o processo que o faz entrar em competição, a cerca de 10 anos atrás, além de ser proprietário de mais de vinte cavalos de corrida, me atrevi a comprar matrizes e me tornei criador. Como logo se revelou, foi um passo bem maior do que as minhas pernas podiam dar, tanto que até hoje não recuperei as minhas forças. Em outras palavras, quebrei. Mas se me perguntarem se embarcaria de novo nessa canoa furada, a resposta vem rápido: sim, faria tudo outra vez.

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  7. Se o "Dono da Raia" tivesse obtido vitórias e consagração no exterior, o adjetivo dado pelo colega provavelmente também seria o mesmo( teria vendido barato demais pelo lucro das vitorias e valorização no exterior)...e se não vende, adjetivado de sem visão de futuro( imaginem um craque brasileiro fazendo sucesso no exterior).Resumindo: se vende, está errado, se não vende, está errado também ..."Páreo corrido é fácil de acertar" , concordam?

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  8. PREZADO AMIGO ANONIMO;pareo corrido tem graça para quem só visualiza cifras (CASO DE QUEM VENDEU O DONO DA RAIA), o bom turfista prefere analisar cada carreira e apostar no animal de sua convicção e torcer quando da realização do páreo é prazeroso (CASO DE PROPRIETÁRIOS QUE ENVIAM SEUS PRODUTOS PARA CAMPANHA NO EXTERIOR QUE QUANDO DE SUCESSO, ARREBATAM UM GARANHÃO MUITO VALORIZADO), se o amigo fosse alterofilista de competição e necessitasse ganhar mais força o que dependeria cortar o seu saco, vc o faria? ciente de que sua prole jamais existiria? existem vários métodos de comércio, comércio a qualquer preço me parece ser o menos indicado, porém, respeito cada filosofia distinta, daí, neste caso concordaria plenamente com a sua declaração postada neste BLOG. Te desejo boa sorte em todos os seus tratos comerciais, PORÉM, desde já: comigo não tem negócio, não me interesso em nada o que possa ter para comercializar.

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  9. Veloso,
    Percebo que pelas suas comparações, vender cavalos é um ato de mercenários que só pensam em lucro. Mas é bom lembrar, que qualquer ato comercial visa o lucro, desde a simples compra de um chicle ou de uma bala. Todavia, você não é justo para consigo mesmo, ao comparar um comércio perfeitamente legal, com hipóteses sem qualquer relação.Os seus dois argumentos são tendenciosos: desde o do proprietário que se vende a um book, ao halterofilista que corta a própria genitália, para melhorar desempenho, ambos prejudicam outras pessoas ou prejudicam a própria integridade física.
    Se eu vendo um cavalo, não prejudico ninguém, nem me flagelo e é um ato legal. Se para você, a venda de um cavalo se compara com tudo isso que você citou, impossível continuarmos o debate, pois não há Cristo que irá demovê-lo da ideia.
    A pergunta que fica é: o que há de tão vil, na simples venda de um cavalo? Vender é feio, colocar no claiming não?
    Juro que não estou entendendo.

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  10. Usei a analogia de "páreo corrido", pelo fato de antes de o Dono da Raia ser embarcado para o exterior , ninguém sabia se ele ia "vingar" por lá ou não... agora que ele fracassou.... é fácil .... mas ... e se ele tivesse ganhado diversas provas importantes? Sem mais , abraços!

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