Latino sim, presidente não

Não fiz e não farei nenhum comentário sobre o Latino. Não critiquei nem exaltei nada que fosse relacionado ao mesmo. Passado uma semana da prova, continuam na TV Jockey anúncios e propagandas, como se o páreo ainda estivesse por correr. Tudo bem, também vou relevar. Quem eu não relevo e nem perdoo é o presidente Márcio Toledo, que seria um presidente infinitamente melhor se se privasse de dar declarações auto elogiosas e nem sempre verdadeiras, o tempo todo. Ano após ano, segundo suas próprias palavras, ele consegue fazer o melhor Derby e o melhor São Paulo da história. Desnecessário dizer, mas já digo, fez o melhor Latino de todos os tempos. Acabo de ver mais uma declaração prestada à repórter Nathália Arcuri. Vejam só: quando todas as pessoas consultadas dão como um público máximo oito mil pessoas, nos seus cálculos, mais do que precisos, foram mais de vinte mil que compareceram ao GP de sábado passado. Para o São Paulo 2009, desde já, promete 50 mil, o que positivamente será um perigo, por falta de espaço e estrutura para suportar tanta gente. Por fim, por falar demais e não ter cultura suficiente para o tanto de palavras que dispara, comete frequentemente atentados contra o saber, desde aquele famigerado italiano que descobriu o Brasil, até chamar o garanhão Burooj de francês... Ninguém é obrigado a saber onde o reprodutor nasceu, mas se você declara que conheceu o animal ao vivo e em cores, faz propaganda do seu saber, justamente dizendo: " Olha, meu amigo, eu não sei se você sabe, mas o Burooj é francês". Presidente, o Burooj NÃO É FRANCÊS!! Uma virtude essencial é não fazer afirmações de forma certeira, e que de certeira não tem absolutamente nada. Poupe-nos.