15 junho 2010

Será que existe sensibilidade?

Olha que interessante: no nono páreo de domingo, na Gávea, Tirada Boa, conduzida por Jean Pierre, entra em último na reta, é sacada para fora, junto a cerca externa, e passa de passagem uma a uma de suas adversárias.
No décimo páreo, os jóqueis dos três últimos a entrarem na reta se arriscam na mesma manobra (Mazini, J.James e Jean Pierre) e o resultado é um primeiro, um segundo e um quarto lugar.
Corre o décimo primeiro páreo e o mundo descobre o caminho da pólvora. Todos procuram a grade de fora, menos um. Marcos Mazini, com Mané Gol, fica por dentro e ganha o páreo. O jóquei fez o gol e mané vocês sabem quem foram...
Aí chega, por fim, a última prova. Um animal não faz a curva e vai parar na cerca externa, os outros todos vão por dentro. Quando chega na seta dos quatrocentos, V.Gil, conduzindo o até então inexpressivo Ever Dream, tira seu pilotado da cerca, nessa altura corria último a uns quatro corpos do penúltimo, e coloca-o a mais de meio de raia. Uma atropelada irresistível foi o que se viu, digna de um Ojantelle.
O que me parece, leigo na matéria, é que os jóqueis em geral,ao contrário do que se propaga, não tem a mínima ideia de que faixa do terreno está melhor. Eles vão experimentando e de acordo com os resultados, vão pautando suas conduções. Esse negócio de galopar e sentir pelo toque dos cascos onde está melhor, pode até ter um ou dois que sintam, mas a maioria é "maria vai com as outras". Nada de se comprometer, inclusive o primeiro a fazer a manobra, Jean Pierre, vinha em último, será que faria o mesmo se viesse na frente.

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