16 agosto 2009

Amava toda quadrilha

Não creio no sobrenatural, nem por isso acho que o mundo seria mais interessante se não se falasse de fantasmas, dragões, bruxas e Papai-Noel.
Dito isso e já trazendo o assunto para o prisma turfístico, gosto de corridas limpas, sem golpes e com o máximo de informações para o apostador, só que não podemos esquecer de um detalhe. Toda a magia do turfe passa por aí e também pelo nebuloso, pelo imprevisível e pelo escuso. Se apenas os favoritos ganhassem, não existiria mais apostas; sem "pimenta" não existiria a bomba que surpreende a todos; se não houvesse viradores, todas aquelas histórias maravilhosas, barbadas certas, na verdade boatos, que chegam aos ouvidos do turfista na hora do páreo, também não existiriam. Muitas coisas não existiriam. Então, tudo aquilo que se coíbe e que deve se continuar a coibir, o puxe, o doping, a manobra, o "arreglo", os golpe e as desculpas esfarrapadas, enfim, tudo que abominamos na hora em que acontece, com o passar do tempo, será o que vai ficar vivo na memória. O que contaremos e discutiremos nos bate-papos, nas rodas e inclusive na transmissão da paixão de pai para filho, ou vocês acham que eu me apaixonei pelas carreiras apenas por ver os cavalinhos correrem.
Histórias, histórias de tempos imemoriais, sem sombra de dúvida, foram uma das principais razões do meu amor ao jogo.
E para saudar a isso, deixo uma música do Chico, aquela que tem um poema do Drummond no final, em que ele diz que "amava toda a quadrilha".

2 comentários:

  1. Prezado Aron,

    Cadê o Laercio Sabat?? Não participa mais do blog??

    da onde surgiu esse maluco beleza do Gustavo??

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  2. O Laércio deu uma alça mas é só querer que volta a participar. O Gustavo é o nosso maior colaborador e além de maluco beleza, volta e meia me faz dar boas gargalhadas com seus comentários. Boa gente.

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