Depois da notícia alvissareira da parceria do JCSP com a Band, estamos a espera que o contrato seja assinado. Para que isto aconteça é necessário que se encontre mais um parceiro, alguém que gerencie o que seria o principal interesse deste consórcio: o Simulcasting Internacional.
Pois bem, esta parte do processo está em fase mais do que adiantada. Quatro empresas receberam a Carta Convite, três responderam, mas as duas que apresentaram as melhores ofertas foram a Codere (espanhola) e a THR (canadense). Para o turfista que está ávido para que este processo comece a dar seus frutos, tenho uma boa-nova. A empresa que será parceira do JCSP/Band será a THR.
Aqui não posso deixar de registrar que a minha torcida era simpática pela escolha do grupo THR. O motivo principal está justamente no sentido da palavra parceria. Ora, a Codere queria fazer o que já faz com o JCB, simplesmente colocar terminais mostrando corridas de quase todas as partes do mundo e não se intrometer nas corridas locais. Já a THR, que gerencia as corridas de alguns hipódromos americanos, propõe uma parceria nas corridas locais, ou seja, vai lutar junto com o JCSP para que o turfe de Cidade Jardim alavanque e a partir daí, conseguir seu lucro. Um exemplo fácil para o leitor do Turfemania entender, bem grosso modo: vamos supor que Cidade Jardim atualmente faça um milhão de movimento por dia. A partir do momento que a THR assumir o gerenciamento da venda de apostas, ela só terá lucro se o MGA ultrapassar esse um milhão. MGA menor que um milhão, então ela não recebe nada. Ao contrário, se for maior, aí sim receberá um percentual (de 25% a 30%) sobre ultrapassar nesta quantia de um milhão. Seus ganhos estão diretamente vinculados ao CRESCIMENTO REAL DO MGA, uma antiga, justa e até agora inalcançável aspiração dos JCs. Mas o mais importante, repito, é que toda a operação do Turfe será tomada sempre entre as duas partes.
Um outro fator que merece destaque: a THR é consorciada com a Novomatic, que é uma das maiores empresa austríacas, o que é garantia de que dinheiro não faltará para o sucesso do empreendimento.
Aliado a tudo isso, o JCSP deve ter seus cofres recheados com a venda do prédio da rua Boa Vista, por um valor entre oitenta e cem milhões.Mais: com uma Receita com eventos atingindo cerca de R$ 15 milhões em 2013, o Clube cobre quase todo o deficit operacional do turfe, estimado em R$ 20 milhões. Em 2011 (administração anterior) a receita com eventos era de cerca de R$ 4 milhões.
Com a faca e o queijo na mão para fazer a grande virada que trará o JCSP para a posição de destaque que merece no cenário do turfe brasileiro, é necessário que se façam alguns apelos a sua diretoria:
a) não desperdicem esta que pode ser a última chance de reerguimento do JCSP.
b) relembro promessas de campanha e peço um empenho maior junto a coletividade turfística, no sentido de divulgar tudo que for de interesse quanto ao contrato que será elaborado. Lembro da parceria com o SBT, feita pela diretoria passada, alvo de todo tipo de interpelação da outrora oposição, oposição essa que chegou ao poder e deixou a escuridão igual ou pior do que era. Ajam com a devida correção, não deixem as informações encerradas dentro de uma caixa-preta. Tratem o turfista com o respeito que este merece.
c) junto com a formalização desses contratos, o JCSP deveria assumir um compromisso público, detalhando o destino e aplicação dessa enorme receita, especialmente aquela
necessária ao soerguimento do turfe paulista.É o mínimo que se pede.