Análise de corridas- XIV

Corrida de cavalos, no aspecto jogo, é de uma volatilidade enorme. Já escutei dezenas de depoimentos afirmando que comentarista "X" é péssimo elemento porque indica "Y" e na hora de jogar, joga "XY". Não irei defendê-los, posto que malandragens sempre existiram e hão de existir. Quando o jogo envolve dinheiro, de aposta em cavalos até bolinha de gude, tudo se pode manipular, não havendo limite para a engenhosidade de técnicas de má-fé que se podem inventar para burlar, trapacear e escamotear os incautos. Por outro lado, não posso dizer que acho um pecado mortal, mudar de opinião e inclusive jogar outro cavalo que não o indicado, por exemplo, aqui no blog. São tantas as razões para uma mudança de opinião: cânter, feio ou nervoso; balda para entrar no partidor; informação de última hora; rateio não condizente com a força do animal (se tenho dúvida entre os números um e dois, mas por um detalhe de pouca monta indiquei o um e no momento do encerramento, vejo o um quase devolvendo e o dois pagando uma pule atrativa, evidentemente, jogarei o dois); mudança no estado da pista, não necessariamente mudança de pista, também influi no rendimento dos animais ( há inúmeros casos de cavalos que se modificavam completamente em uma raia encharcada, se transformando em verdadeiro leões). O que importa é, que no momento em que estou marcando, marco da melhor maneira que sei, para aquele momento. Muito turfista não consegue entender isso, querem que o indicador, mesmo percebendo que sua indicação passada é um erro, continue jogando-a. Se sei que o Brasil vai jogar, muito bem, jogo o Brasil; se sei que o Brasil de Pelé, Tostão, Gérson e Jairzinho vai jogar, jogo tudo que tenho no Brasil; mas se sei que o Brasil de Dunga vai jogar, grito com aflição para o operador do caixa: "Por favor, cancela essa porcaria". O acesso à informação é tudo e em corridas, geralmente, elas vem em cima da hora.