O acaso salva

Estou aqui, sentado na frente do computador, pensando que raio de assunto abordarei na postagem de hoje. Moreira e Domingos, toda semana, fica cansativo; elogiar a Jeane, embora ela mereça, sem trocadilhos, toneladas de elogios, também. Falar sobre parâmetros, estou sem vontade nenhuma e para este tipo de postagem é preciso bastante inspiração, para que o tema flua bem para o leitor. Penso em falar de Ponta Grossa, cidade que não tem incidência de aparição de disco voadores, mas que deve ser a preferida para morar dos extra-terrestres mais evoluídos do Universo, vide a quantidade incomensurável de Picks e Bettings que saem para lá; deletei esta possibilidade por medo de um deles ficar irado comigo, parece que E.Ts não gostam de badalação. Quem sabe, então, o Derby. O Sorrentino não corre, mas Derby é sempre Derby. Olhei o campo e disse:
"Pronto, vou falar que o Flymetothemoon é impossível de perder". Mas logo que li a palavra "Flymetothemoon" , a imagem do maior de todos, o velho Frank , interpretando a canção, não sai da minha cabeça. Tanto que abandono por instantes o texto para, no You Tube, matar a saudade do "The Voice". Vídeo visto, saudade aplacada e o melhor , a palavra já não martela no meu cérebro. A vontade de escutar música persiste, ligo o rádio na Cultura Am e por incrível que pareça está tocando Gardel:

"No te quiero más
ni te puedo ver,
me dedico a la garufa,
ahora tengo otro querer"

Corro os olhos, de novo, sobre o campo do Derby. Será um aviso vindo dos céus e me dizendo que a barbada não é Flymetothemoon, e sim, Tango Uno. Deixo para o leitor a escolha, mas fica óbvio que quem gosta de Frank Sinatra deve arriscar umas pules no crioulo do Doce Vale, e quem é Gardel, no pupilo do Haras Tango. Eu termino por aqui, satisfeito pelo acaso ter me propiciado tema para escrita. Um Santo acaso.