* Tenho discorrido em muito dos meus parcos comentários no blog (desculpem os meus leitores antigos, acostumados com três posts diários, mas infelizmente não consigo mais manter o ritmo de outrora) sobre o parâmetro tempo e já devo estar ficando enfadonho ao retornar tantas vezes ao tema. De qualquer forma, não posso me furtar de fazer confrontações que me parecem interessantes. Por exemplo: no dia da independência, o Clássico que leva este nome, correu para 55.7 o quilômetro, com High Moon, Regards e Quantia Certa, as três primeiras na ordem, chegando separadas por pouca distância no disco. Exatamente duas horas e vinte minutos antes disso, Iletrado, no três anos perdedor, estreou enfiando 55.4 para a mesmíssima distância. Este potro ganhou bem, pode ser até um bom animal, mas ao analisarmos que o segundo e terceiro colocados desta prova, Kuyt e Alemax Lark, também fizeram tempo individual melhor do que Regards, temos que parar e buscar justificativas para que tal fato tenha ocorrido.
O primeiro e mais importante, e que pouca gente dá valor é o vento (já fiz algumas postagens sobre a importância que este fator climático tem em cima do tempo global das provas, em todas as distâncias, mas principalmente no retão gramado).
Quando Iletrado correu, havia uma leve brisa que empurrava os animais para frente. No Clássico, já não era brisa, era um vento bem mais consistente, mas, surpreendentemente, na direção contrária e oferecendo resistência ao galope das éguas . Veja que falamos de fator que pode modificar em mais de um segundo, o tempo de uma carreira. Sim, porque em sã consciência não podemos admitir que a prova mais importante de velocidade para éguas, não corra nem meio segundo melhor do que o perdedor de três anos.
O segundo motivo, foi bem explanado pelo Ravagnani, na mesa de domingo. Os jóqueis paulistas, em muitas das vezes,correm para partidas e o Clássico não fugiu desta regra. Quatro competidoras correndo em linha na frente e os jóqueis bem apoiados. Não se consegue tempos bons correndo desta maneira e para confirmar isso, passemos para o segundo tópico...
* Várias provas na mesma distância, fazem com que as comparações tenham maior precisão. Olhem que coisa estranha aconteceu nesta segunda-feira: quatro provas na distância dos 1500 metros grama (1ª, 3ª, 4ª e 5ª). A primeira tinha entre os inscritos dois cavalos bons, Always Forever e Roosevelt, este até com colocação em prova grupada. O terceiro e quarto páreos eram para animais de 4 e mais anos até uma vitória, claimings que foram desdobrados, portanto rigorosamente a mesma chamada. Por fim, vinha o quinto páreo, e pela chamada, o mais categorizado, para éguas de 4 e mais anos até 3 vitórias, com algumas competidoras já tendo sido experimentadas em prova de grupo.
Tempos:
1º) 1:29.530 (esse tinha que ser o melhor, pelos dois bons cavalos anotados, mas foi o pior)
3º) 1:28.750 (Bem Bão e Koronel Quirino fizeram um ritmo alucinante e chegaram correndo, e o que deveria ser o pior, por pouco não foi o melhor)
4º) 1:29.472 (normal)
5º) 1:28.616 (normal)
Se colocarmos para correr na semana que vem um páreo de quatro animais, Always Forever (pequeno parênteses para dizer que o jóquei colocou a corrida fora), Roosevelt, Koronel Quirino e Bem Bão, a dupla formada pelos dois primeiros devolverá o capital e só não dará se algo anormal acontecer.
Está aí o que foi mencionada no primeiro tópico, mas que foi explicado apenas neste. Sem coelho e com todo mundo parando, cavalo bom vai fazer tempo de pangaré e o estudioso tem que estar atento a estas peculiaridades que são quase que exclusividade do Hipódromo de Cidade Jardim.
* Não é que o Disco B voltou...
O Professor Pardal não faria melhor.Não é à toa que o jcsp está como está,dirigido por "gênios".Proponho que o próximo grande premio sp seja corrido com o disco b e que esta invenção figure nos anais da revista "great inventions of the world", com direito a gargalhadas da plateia e exílio do inventor para a Síria.
ResponderExcluir