01 outubro 2010
Discussão da Furosemida volta á cena. Mais atual do que nunca.
Por Laércio Sábato
Não li nada ainda em nossa crônica especializada. Nem na impressa, nem na digital.
Mas à margem da disputa do Arco do Triunfo importantes temas serão discutidos no encontro anual da Federação Internacional de Autoridades Hípicas, que ocorrerá em paralelo. Novamente o assunto “furosemida” entra em pauta. A OSAF - Organização Sulamericana de Fomento ao Puro Sangue de Corrida estará encaminhando proposição aprovada em sua reunião há pouco, no Chile, durante a disputa do Latinoamericano, no sentido da proibição do uso do medicamento em nosso continente, a partir da geração nascida em 2010. Essa medida, como é fácil perceber, favorece os interesses de criadores, proprietários e agentes de venda, de olho no importante mercado europeu. Mas colide com as dificuldades de nossos hipódromos na formação dos programas de corrida, já um tanto esvaziados pelas modestas dotações. Enfrenta também a resistência dos profissionais, notadamente os treinadores, receosos com a diminuição de seu plantel útil para as corridas. O assunto vem sendo repercutido na Argentina, no Chile, no Peru e em outros países sulamericanos. Por aqui um estranho silêncio, particularmente dos hipódromos.
Como se vê, decisões “oficiais” estão longe de esgotar o tema e, ao contrário, realimentam a polêmica da furosemida. Sugiro até que o Aron reabra o Fórum sobre o assunto, aqui no Blog, pautando-o para as edições de meio-de-semana.
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Assunto reaberto, e desde já, convido algum veterinário nosso leitor, para dar uma opinião mais abalizada sobre o tema.
ResponderExcluirCaro Laércio:
ResponderExcluirFatalmente estão procurando uma maneira de ¨dar um jeitinho¨nas normas, como aliás, é praxe.
Forte abraço
Miranda Neto
Aron.
ResponderExcluirBom Dia.
Como na página de comentários não daria espaço suficiente transcrevo abaixo Nota que saiu no site do JCB a alguns dias.
Notícias
Decisão Sul Americana sobre o uso da Furosemida
22/9/2010 - 15:27:45
Após as reuniões plenárias promovidas pela OSAF, que ocorreram em Santiago, em 15 e 16 de Setembro p.p. sobre o tema em questão, foi aprovado por unanimidade, a regra a ser cumprida a partir da geração de nascimentos deste ano pelas entidades Sul Americanas.
Transcrevemos na integra, como recebemos esta comunicação, tomada quando estava presente representando o Jockey Club Brasileiro, a Dra. Marta Brandão Tozzi, quimica do Departamento Anti Doping do JCB.
Al Profesor Houghton con copia a Sres. Devolz, Romanet, De Wenden.
Apreciado Professor Houghton
Matter: Furosemide
Creo que este tema, que ha sido de permanente consideración en la región sudamericana (OSAF), está llegando a su encauzamiento definitivo. El 15 y 16 de septiembre próximo pasado tuvimos una reunión plenaria en Santiago de Chile donde se aprobó por unanimidad fijar el año 2013 como el de prohibición de esta droga para todas las carreras Black Type (Group 1-2-3 and Listed). Es decir que la generación que está naciendo en este año 2010 sería la primera en ingresar a las carreras selectivas sin la administración de furosemida. Brasil ya ha tomado iniciativa en sus dos principales hipódromos (Rio de Janeiro y Sao Paulo) donde no se permite el uso de furosemida para las carreras de Grupo 1 y 2.
Fue muy importante el aporte de Perú y también de Uruguay para convencer a algunos socios que presentaban dudas, pero finalmente se logró unanimidad de criterio. Son ahora los hipódromos los encargados de dictar la regulatoria para que empiece a funcionar. Por el sondeo que hemos hecho creemos que la aplicación no tendrá excepciones y también no debe descartarse que algún hipódromo anticipe el nuevo régimen. Creemos que será importante en estos años previos al 2013 que los criadores y cuidadores adecuen sus métodos, sobre todo los de entrenamiento para que la nueva preceptiva funcione sin mayores dificultades.
Quiero agradecer toda su colaboración y anticiparle que esperamos tener el placer de su visita en el próximo Encuentro Sudamericano de Laboratorios a desarrollarse en San Isidro, en marzo de 2011, en ocasión del XXVII Gran Premio Latinoamericano de Jockey Clubes e Hipódromos.
Cordial saludo.
OSAF
Dr. Horacio Walter Bauer
Presidente del Consejo Técnico Ejecutivo
Como vc pode ver com exceção dos hipódromos da Gávea e CJ nos demais, aparentemente era possível correr G1 e 2 a base de furosemida. Acredito que muita água ainda vai passar e tem que observar que o maior mercado - o norte americano - não coloca obstáculos. É claro que nos EUA cada Estado e hipódromo tem sua regra própria. Acredito que este assunto deve ser visto como prioritário e tendo a frente as Associações de Criadores e Proprietários.
Um abraço.
Dando uma alça na excelente informação, tenho certeza que, se estiver lendo, o Giba Gouveia estará dizendo FUROMICIDA como bem ele informa nas transmissões. "A NUMURO 1 vai de FUROMICIDA"
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