31 outubro 2010

Relato de quem assistiu a tudo

Sobre os acontecimento de ontem em Cidade Jardim, com a transferência de pista para as provas clássicas, e que tiveram proporções bem maiores do que os que não estavam presentes, possam pensar. Deixo o relato de um sócio que presenciou quase a tudo, mas que não quer se identificar:

"Após corrido o primeiro páreo caiu uma chuva forte no prado que demorou cerca de vinte minutos. Tudo começou, quando no alinhamento do segundo páreo, o Lucas Menezes interrompeu o Casella e anunciou:
- Casella, todos os páreos na areia encharcada! O Casella atônito perguntou: - Até os dois pareos clássicos? Lucas respondeu - Não sei, vou perguntar a Comissão de Corridas. Dois minutos depois volta o Lucas: - Não, continua as raias programadas, apenas os páreos que já estão programados para areia serão corridos na areia encharcada.
Cessa a chuva, corre o segundo pareo e sai o sol. Quinze minutos depois volta o Lucas e anuncia. A Comissão de Corridas decidiu transferir todos os páreos para areia encharcada, inclusive as duas provas clássicas. Estranheza geral!
O Sol continua a brilhar e não chove mais até a última prova. Corre o boato que houve uma medição extraordinária do penentrômetro indicando 8,3. Indignação geral! Os turfistas passam a associar que a mudança de raia favorecia única e exclusivamente a égua Royal Home, de criação e propriedade do vice-presiddente da CC, Enéas Ferreira.
Preocupado com os comentários,  Enéas desce da sala da Comissão para dar satisfação a alguns relevantes proprietários, argumentando que o que prevaleceu para a mudança de raia não foi o índice do penetrômetro e sim o índice do pluviômetro(!?). Mais revolta ainda, pois vários ex-comissários afirmavam jamais existir tal dispositivo no Código de Corridas. Vem o anúncio oficial - penetrômetro medido as 17 horas - 8,1.
Vários turfistas comentavam: - Se eu fosse o vice-presidente da CC retiraria a Royal Home, pois é a única saída digna e transparente para o caso.
Revolta geral . Corre o pareo, ganha Royal Home.  Eneas desce as escadas, num autêntico corredor polonês, vaiado por todos que estavam presentes. Junto com o diretor Marcelo Motta e o comissario João Mazza, vão a foto da vitória com ar de zombaria. Alguns turfistas se dirigem ao presidente Marcio Toledo e seu assessor Zimmerle, pedindo que eles tenham coragem de ir para a foto como sempre fizeram  questão. Eles viram de costas. Segue vaia generalizada, de todos os presentes, vaias essas que deixaram de ser dirigidas ao Enéas, para serem dirigidas ao presidente Marcio Toledo e a mesa da diretoria.
Todos vaiaram. Passados quinze minutos, cinco seguranças, por ordem do Cyro Fiuza, se dirigem ao proprietário do Stud Tomawak tentando retirá-lo das sociais (o jóquei todo vaiou e tentaram pegar um para Cristo). Comandados aos berros e com dedos em riste pelo Cyro, vão expulsando o mesmo das dependências do JCSP, momento em que alguns sócios de expressão se indignaram com a covardia que estava sendo praticada ali e se colocaram ao lado do proprietário, exigindo que a diretoria do JCSP viesse expulsá-los, também. A diretoria virou novamente de costas e os seguranças se retiraram."

Este foi apenas um dos episódios tristes, envolvendo membros da diretoria do JCSP, ontem em Cidade Jardim .

13 comentários:

  1. Boa tarde Aron,como diz o Boris Casoy ,isso é uma VERGONHA.Chega marçooooo.De Longeeee

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  2. So nos resta esperar a nova diretoria do JCSP em março. E que a prioridade volte a ser a corrida de cavalos e os cavalos de corridas. Até lá vamos ter que aguentar essas mazelas.

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  3. igualmente patético foi ver o treinador do honrado presidente da comissão de corridas declarar a quem quisesse ouvir:
    - Eu não tive nada a ver com "isso"... isso foi coisa do proprietário! faltou alguem perguntar o que ele quis dizer com "isso"...
    enquanto isso, seu gerente, segundo, ou coisa que o valha, deixava o cânter desferindo palavrões paras as centenas de pessoas que vaiavam a sem-vergonhice deslavada...

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  4. Pior ainda, foi o Marcio Toledo ter inquirido o treinador Fornazaro, ao encontra-lo no banheiro da social - Voce tambem apoia o Coxinha? (Eduardo R. Azevedo). Recebeu como resposta - Náo, dr. Marcio eu sou um profissional do turfe...

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  5. Lamentável o ocorrido ontem, em mais de 35 anos de Turfe nunca vi tantas vaias ( e justas, pois se precipitaram na mudança, sem ter um penetrometro daquele momento e deram azar-qual a diferença 5 minutos a mais ? no 1º páreo ganharam pelas balizas de dentro ! ) e o inusitado, o grande perdedor foi o ganhador Dr.Enéas, que na minha modesta opinião devia se afastar-faltam 4 meses aonde teremos muitas chuvas, pois não terá mais tranqüilidade de resolver mudanças de raia.

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  6. Marcio Toledo encontrou o Fornasaro no banheiro da social? Olha eu frequento o Jockey todos os dias de corrida e eu não nunca vi o Sr. Marcio Toledo na social na parte de baixo, ele fica somente no 3°andar, no Charlô e o treinador Fornasaro não pode falar nada pois foi beneficiado com a fatídica mudança de pista e estava todo feliz na foto comemorando juntamente com seu 2° e o Dr.Enéas, proprietário e presidente da comissão de corrida, ignorando a sonora vaia que ecoava por todo o Jockey, pode até ter acontecido o encontro mas que é difícil, isso é.

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  7. Aron,
    ninguem está aprofundando o debate. Estão indo pelas beiradas.
    Afinal, existe amparo legal para a transferencia das pistas nas provas classicas so sabado em Cidade Jardim, quando o penetrometro apos a chuva mediu 8,1 e a Resolução da Comissão determina que a mudança deva ocorrer para indices iguais ou maiores que 10,0?

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  8. Ao anonimo das 23,41 hrs. explico:

    o encontro foi no banheiro da Social localizado no primeiro andar.
    se ainda tiver duvidas sobre o dialogo por mim aqui reproduzido, pergunte para o proprio Vitorio Fornazaro, que alem de treinador é socio do Jockey.

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  9. Thomas ou Biri tem perigo de chuva? De Longeee

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  10. De Longe, o tempo hoje está meio lusco fusco, digamos que a possibilidade de chuva é em torno de 20%, é só ficar no feijão com arroz que não tem jeito, já eu estou...rsrsrsrsrs

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  11. Obrigado Biri, sabes que não tem páreo corrido, tá dureza.Abraços.De Longeee

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  12. Uma injustica o nivel de criticas sendo feitas ao Dr. Eneas. A decisao pode ter sido controversa (e pode haver haver margem para critica-la) mas ela foi tomada por unanimidade na comissao de corridas e, segundo me consta, o Dr. Eneas nao apenas nao participou da decisao como inclusive se absteve da mesma por razoes obvias de conflito de interesse. Agora, linchamento publico a uma pessoa que dedica ha tantos anos uma parte importante de sua privada ao Jockey me parece de uma injustica como poucas vezes eu vi. Nao esta correto criticar de forma leviana sem contar com todos os elementos para tanto.

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  13. Elizabeth Cavalcante Salles1 de novembro de 2010 às 16:35

    A bem da verdade esclareço que tomei a iniciativa de pedir a alguns sócios, proteção ao sr. Patrick do Stud Tomahawk, pois entendi que ele era vítima da truculência dos seguranças do Jockey, na tentativa de tentar colocá-lo fora das dependências do Hipódromo, depois da prolongada vaia, sob o argumento de "cumprir ordens da diretoria". Entendi como uma covardia, pois escolheram ele como "bode expiatório", ja que 95% do público presente também vaiava a Diretoria. Com a adesáo e solidariedade desses sócios ao meu pedido de ajuda, em nenhum momento qualquer segurança ou mesmo diretor do Clube (que a tudo assistiam) nos informou de qualquer irregularidade ou comportamento mais grave do sr. Patrick, tanto é que os seguranças desistiram do seu intento. Daí em diante, sr. Patrick assistiu as corridas no nosso camarote sem ser molestado. Nessa ocasião nos informou ser turfista antigo, que mora há 17 anos nos Estados Unidos, e que quando está no Brasil vem assistir seus cavalos correndo e que seu treinador é o E.P. "Dengo" Gusso. Ao final das Corridas os seguranças vieram me pedir desculpas pela forma como agiram no cumprimento de ordens superiores, que nós sócios do JCSP até o momento não sabemos quais seriam.
    Muito obrigada!

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