Apontamentos do Nefelibata

Domingo (Cidade Jardim)

4) Estas distâncias,  entre as duas milhas e as duas milhas e meia, costumam revelar alguns animais tardios. Será que passaria pela cabeça do Tolú, treinador dos dois animais, que o Puro Galope iria levar olé do Yes Pedroca algum dia. Fato é que com o passar dos anos, vamos ficando acostumado a ver os percursos de fundo revelarem cavalos bons, que nas distâncias comuns não passavam de sofríveis. O Yes Pedroca assimilou como poucos o percurso alentado. Corre com os da frente e na reta mantem o ritmo. A pergunta que se faz é: se, por acaso, correr clássicos em 2000 ou 2400, conseguirá mostrar performance parecida?
5) Potrinhos ainda em evolução constante. Veraneio ganhou, mesmo dando trabalho árduo para o V.Leal na reta. Quando ia começar a atropelada, se jogava contra a cerca. Felizmente para seus interessados, foram apenas duas tentativas, depois o jóquei conseguiu alinhar e exigir fundo. Taleban foi outro que não teve muita sorte no percurso. Iaquinta tem um estilo de correr (sempre largando e riscando) que para provas graduadas e cheias é um pouco ingrato. Sempre vai ter alguém para dar em cima do mesmo na primeira parte do percurso. Duas corridas boas e que merecem menção, principalmente pela baliza que largaram (16,18), foram as de Que Fenomeno e Inca Ruller. Abaixo um quadro comparativo dos tempos empregados nos últimos três anos, do vencedor do Juliano Martins e do vencedor da Milha do SP (pelo menos neste parâmetro os potros deste ano ficaram devendo).

JCSP	Juliano Martins		Milha Do GP SP
Ano	Animal	Tempo	Tempo	Animal
2009	TOO FRIENDLY	1:33.983	1:34.581	KAPO DI TUTTI
2010	XIN XU LIN	1:33.059	1:32.820	TOO FRIENDLY
2011	VERANEIO	1:34.384	1:33.020	EQUITANA

6- Para a  vencedora Equitana, só elogios. Para o Ivaldo Santana, também. Animal que corre de frente não se atrapalha no percurso, o mérito do jóquei está em dosar adequadamente as energias do mesmo. O Salute teve um percurso perfeito, mas faltou chão. Outro percurso brilhante, pelo menos até a entrada da reta foi o do F.Leandro em Império Do Birigui. Deu azar nos quatrocentos, ao tentar uma ultrapassagem por uma brecha estreita e perdeu um tempo precioso para executá-la. Se conseguisse se desvencilhar com maior rapidez a vitória poderia ser sua, pois era o que mais corria no disco. Um último detalhe: a potranca Let's Kiss largou fora do páreo e chegou perto.
7- Domínio completo dos cariocas nos últimos anos na prova máxima paulista. Se não é o Nahid na cabeça, é o Guignoni. Excelente a corrida dos três primeiros colocados e, aqui, absolvo o Queiroz e o Duarte das críticas recebidas, ambos estiveram perfeitos. O meu Nhoque cansou mais do que eu pudesse imaginar. Gostaria de saber se o motivo foi uma hemorragia, ou se ele estranhou a parceria. Uma pequena crítica: se a corrida fosse na Gávea, eu já teria esta resposta. Por São Paulo, ou algum amigo me informa, ou tenho de esperar a próxima atuação do animal do Stud Embalagem para saber, através do retrospecto da revista.

(Depois do GP São Paulo a chuva caiu copiosamente e chamo a atenção, principalmente para os que se guiam pelo parâmetro tempo, que não levem as próximas marcas em consideração.)

10- New Buck virou craque, pelo menos na grama pesada. Kóbiri ainda está procurando a sua carreira.
11- Top Art proporcionou a vitória mais fácil do festival.