25 outubro 2012

Para entender melhor o que acontece no Tarumã

Peguei carona em uma postagem da Dani Gusso Fagundes no Facebook, em que ela traz matéria que saiu hoje na Gazeta do Povo, jornal aqui do Paraná.


Suspeita de fraude faz Jockey abrir sindicância

Instituição vai investigar se houve irregularidade no antidoping dos cavalos que disputaram o GP Paraná, no último domingo

Publicado em 25/10/2012 | Leonardo Mendes Júnior
 
O Jockey Club do Paraná criou, ontem, uma comissão de sindicância para investigar suspeitas de fraude em exames antidoping. A possível irregularidade foi detectada após os páreos do último domingo, dia em que foi realizado o Grande Prêmio Paraná, principal prova turfística do estado.
O JC não quis informar o prazo para a conclusão da apuração nem mesmo fazer comentários além do comunicado de três linhas, publicado em seu site, tratando do início do processo.
Segundo a Gazeta do Povo apurou, há pelo menos dois meses havia a suspeita de adulteração nas amostras de urina dos cavalos. Por isso foi redobrada a vigilância sobre o material coletado após os 11 páreos do fim de semana, inclusive com a contratação de um segurança para proteger as amostras entre domingo, dia das corridas, e segunda-feira, quando o material seria despachado pela comissão de corridas para o Jockey Club de São Paulo. É a entidade paulista que realiza os exames laboratoriais para determinar o uso de substâncias proibidas.
Na segunda-feira, integrantes da comissão de corridas foram a uma agência dos Correios e despacharam os 22 frascos com urina – os testes são feitos com os dois cavalos mais bem colocados em cada páreo. Pouco depois, o diretor da Comissão de Turfe, Antônio Carlos Zeni, se deu conta de que havia esquecido o comprovante que permitiria rastrear a entrega da encomenda. De volta à agência, foi informado de que o material havia sido retirado pelo médico veterinário José Ronaldo Garotti, responsável pelo departamento antidoping do JC. Garotti despachou os frascos para São Paulo horas depois, de outra agência dos Correios.
O caso teve grande repercussão no meio do turfe e causou reação de diferentes entidades ligadas à modalidade. A Associação Brasileira de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (ABCPCC) informou, via nota oficial, que está acompanhando de perto as investigações e que o tema entrará na pauta da próxima reunião da sua diretoria, dia 9 de novembro. “A ABCPCC tomará as medidas cabíveis, em sendo o caso, no sentido de proteger o turfe nacional de qualquer imputação a seu respeito ligada à conivência ou tolerância em relação ao doping nas corridas aqui realizadas”, diz a nota.
O presidente da Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Paraná (ACPCCP), Jael Bergamaschi Barros, também irá esperar o resultado da sindicância para tomar providências. Entre as possíveis medidas estão instauração de inquérito policial e denúncia ao Ministério da Agricultura. “Quem pode afiançar que não houve manipulação das amostras?”, questionou Barros, que elogiou a rápida ação do JC no caso.
Procurado pela reportagem, Antônio Carlos Zeni, nomeado para dirigir a sindicância, preferiu não dar detalhes sobre o caso. A Gazeta do Povo tentou entrar em contato via e-mail e telefone com José Ronaldo Garotti. O médico veterinário não foi encontrado no JC nem no Centro Avançado de Reabilitação Equina, onde ele dá expediente. Também não respondeu à mensagem eletrônica.



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