23 setembro 2011

Indicações Gávea (duas bombas)

6- Dom Gil 6
9- Lady Four 9

10 comentários:

  1. Previsões de tempo mais recentes indicam alta possibilidade de chuva em São Paulo, principalmente à noite e na madrugada. Já chove na região metropolitana (Cotia e Itapecerica). Dificlmente teremos grama para amanhã em CJ. Podem estudar para a areia tranquilamente.

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  2. Hoje em São Paulo até 16 horas fez um dia lindo, muito calor, depois caiu uma garoa nada significante, a temperatura despencou, mas temos previsão de chuvas. Vou deixar para postar as indicações amanhã, sábado depois da definição da raia. Eu estou cismado que não vai chover o suficiente para alterar as raias.

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  3. LEO FRIEDBERG,
    Eu, e muitos outros, como turfista e nestes meses sem o tempo k gostaria p/ estudar as carreiras , as vezes só posso olhar as opiniões do Aron e Paulo Cassa cedo, agora por causa de um concurso aonde a opinião dos dois pode até atrapalhar a cabeça, ao invés de ajudar os palpiteiros
    Quando o JCSP mudou p/ mais tarde p/ divulgar a raia a chiação foi geral, e agora ?

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  4. Leo vai dar tempo para todos sabem os prognosticos do Aron e Cassa e a pista continua com indefinição as vezes.

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  5. Já deixei claro que as indicações minhas vão chegar aos assinantes na mesma hora que sempre chegaram.

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  6. Bom Dia Aron, acordaaaaaaa.kkkkkkkk

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  7. Desculpem a dica errada de ontem sobre o tempo. Quem viu o quanto estava escuro o céu de SP ontem à tarde apostaria tudo na chuva. Mas o vento levou a nuvem embora. E os meteorologistas continuam errando sempre...

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  8. Enquanto isso, no Rio, tempo está totalmente incoberto com nuvens ameaçadoras. Em alguns pontos da cidade já está garoando.

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  9. GODOY – UM MISTO DE TREINADOR E DIRIGENTE DE CLUBE DE FUTEBOL


    Uma das mais populares figuras do turfe desde há muitos anos, indiscutivelmente é João de Castro Godoy.
    Iniciou suas atividades em 1930 no Hipódromo da Moóca. Foi subindo, passou a treinador e ganhou carreiras memoráveis, inclusive por três vezes o Grande Premio Brasil, duas vezes com Zenabre e uma com Leigo, sempre da cocheira dos Lara Campos.
    Hoje é supervisor de treinamento de cavalos, dando assistência aos membros da família Garcia, diretor da cooperativa dos profissionais e sócio do Jockey Club, além de conselheiro do São Paulo F.C. onde é membro ativo. É ardoroso fã do clube do Morumbi, tanto que possuí inúmeros cavalos que batizava com o nome dos melhores jogadores da agremiação, como Sampaulino, Maurinho e outros.
    Seu melhor cavalo foi Zenabre, que fez “bis” no GP BRASIL e depois foi excepcional reprodutor no Posto de Fomento do Jockey Club. Na sua opinião, Luiz Gonzalez e Pierre Vaz foram os melhores jóqueis da Moóca e Dendico Garcia em Cidade Jardim, juntamente com os outros dois.
    Ganhou por três vezes a estatísticas de treinadores em Cidade Jardim. “Na Moóca não dava, porque “seu” Chiquinho – Francisco Bento de Oliveira – era imbatível com as “máquinas” do Haras São José e Expedictus.
    A maior alegria de Godoy foi o cavalo Colombo. Era animal cheio de defeitos, e Godoy o comprou em sociedade com um amigo por 200 contos de réis do Sr. Henrique de Toledo Lara, do Haras Faxina. “Consertou” o cavalo e ganhou 13 corridas. “Valeu a compra e a cura”, diz Godoy.
    Uma das lembranças do Hipódromo da Moóca foi o “desafio” entre Pons e Cascabelito. Como era comum na época, um dos proprietários não se conformou com a derrota e desafiou o outro. Disputaram uma certa quantia 15 dias depois. Ambos os cavalos saíram juntos num páreo extra de 3.200 metros e assim foram o percurso todo. Na reta final, a luta foi titânica e juntos cruzaram o disco final. Os juízes não tiveram dúvidas: empate – diz Godoy – foi em 1931.
    Outra grande lembrança de Godoy foi a mudança dos cavalos da Moóca para Cidade Jardim, quando da sua inauguração.
    Todos os treinadores foram avisados para juntar seus cavalos em determinado dia e ponto do hipódromo e de lá saíram às 2 horas da manhã, com a cidade sossegada e vazia. Recorda-se que o Hipódromo da Mooca era como os de outras cidades do mundo: muitos cavalos ficavam alojados na ruas próximas, em cocheiras apropriadas ou mesmo na casa do treinador. Ainda hoje há vestígios, no bairro, de muitas cocheiras antigas. Por curiosidade, vale lembrar que o grupo do Haras São José e Expedictus ficava na Rua Taquary defronte a um dos portões de serviço do prado, e com isso os cavalos tinha só de atravessar a rua e estavam na pista para o treinamento. Nas Ruas Marcial, Catarina Braida, Cassandoca, Cuiabá e Taquary ficavam dezenas de cocheiras. As do Stud Crespi ficavam na Rua Conselheiro Justino e o Haras Tamboré, da família Alvares Penteado, possuía um chalé normando na esquina das Ruas Bresser e Taquary. Era a cocheira mais bonita do Brasil em sua época.

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  10. Continuando



    Voltemos à mudança.
    “As 2 horas saíram os cavalos em fila, puxados por seus cavalariços”, diz João Godoy e tomaram as ruas da Moóca, depois Glicério, Tamandaré, Avenidas Paulista e Rebouças e ei-los chegados depois do almoço no nosso hipódromo. Foram todos numa viagem só. Dois carros seguiam a cavalhada: o meu e um outro. Não esquecer que estávamos em plena II Guerra Mundial. Não houve problemas em Cidade Jardim. Todo mundo se adaptou logo com a distancia do Centro e mesmo de Pinheiros e a vida continuou.
    Godoy lembra ainda o desafio entre Madrileño e seu pupilo Aguatero em Cidade Jardim, ganhando o primeiro, levado por Timóteo Baptista, um bom jóquei uruguaio aqui radicado, que depois ganhou o Grande Premio São Paulo com o cavalo Tenor. O “hipódromo lotou”, arremata Godoy. Seu jóquei foi A.Nappo.
    Nappo correu Aguatero na frente até o fim da reta oposta. Aí Madrileño encostou em Aguatero e na entrada da reta final despediu-se do adversário ganhando por vários corpos. Uma loja de relógios da capital ofereceu um cronógrafo de ouro ao piloto do vencedor e Timóteo levou o brinde.
    João Godoy sempre apoiou o Jockey Clube de São Vicente e conta que a primeira corrida noturna ali realizada foi curiosa. O sistema elétrico entrou em pane e foi necessário a toda gente alinhar seus carros no lado de fora da pista e acender os faróis nos instantes dos páreos. Faróis e tochas ajudaram e o programa foi cumprido. Lembra também de seu irmão, Sizernando Godoy que era jóquei. Mas o peso dificultou sua vida no turfe.
    João de Castro Godoy, bom de gênio, sempre pronto para uma conversa amiga, nasceu em leme, interior de São Paulo, em 1º de setembro de 1912.

    Aron e amigos no momento em que o Jockey Clube de São Paulo prestará na reunião a ser realizada nesta data a justa homenagem aos treinadores mais antigos de Cidade Jardim, tomei a iniciativa de transcrever esse depoimento do lendário treinador e posteriormente supervisor João Godoy (já falecido) e que foi extraído do livro MEMÓRIAS – Jockey Clube de São Paulo de Caetano B. Liberatore, lançado e distribuído gratuitamente no ano 1994, na gestão do então Presidente Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira. Eu consegui o meu exemplar quando de minha visita do Museu do Turfe, localizado no próprio Jockey Club de São Paulo, quando então era aberto ao público em geral.

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