Caballo de Copas

Narrador, poeta, ensaísta e professor universitário. Este foi Fernando Alegria (1918-2005), nascido em Santiago do Chile e autor de talvez, o melhor livro sobre corridas de cavalos de todos os tempos. Trata-se de "Caballo de Copas", um romance que se lê com paixão e que não se pode largar do seu começo ao final. Não esperem o "glamour" do mundo das carreiras, pois este livro, escrito em 1957, está povoado de personagens humildes e marginais, se desenvolve em cenários pobres, onde se reúnem pessoas que têm dificuldade financeiras e culturais que as alijam do futuro próspero que sonhavam. Narrado em primeira pessoa, o protagonista desta novela é um homem que faz sua vida fora de seu país natal, empurrado por suas ânsias de superação pessoal e econômica. Neste novo mundo, em que existem poucas oportunidades para seres desenraizados, consegue trabalhos menores como lavador de pratos, ajudante de cozinha e até pedreiro. Contudo, o azar ( ou sorte) lhe oferece uma centelha brilhante. Talvez, a única de sua vida , de que poderá falar com orgulho no futuro: compra um cavalo de corrida em decadência, que havia sido sempre um perdedor, mas o qual, o destino também reserva um momento de grandeza, quando ganha um Clássico importante. Essa é a história, da qual traduzi uma pequena passagem, na postagem intitulada " O cavalo e os livros". A história deste simples mas ambicioso homem, de seu amigo, o jóquei Hidalgo, conhecido pela alcunha de " sete milhões" e de González, o cavalo, e não é brincadeira, esse era o nome do bicho...