27 dezembro 2008

Passa boi, passa boiada

Já tem mais de um mês que os retrospectos de alguns animais vem saindo totalmente errados na Revista Turf Brasil. Não me refiro ao descalabro de São Vicente, onde literalmente tudo vem errado. Os erros, constantes, vem no retrospecto dos dois maiores hipódromos. Duas falhas desta semana para exemplificar:

1- Cara Salyma correu nesta sexta-feira na Gávea, como favorita do indicador da revista, mas a última atuação da mesma, que foi em Cidade Jardim, um pálido sétimo lugar para Que Milionaria, não consta em seu retrospecto. O apostador iludido, vai lá e joga. Fez bagagem.
2- Hoje, sábado, no quarto páreo da Gávea, a égua Provinciana aparece com apenas uma corrida em sua linha. Mas, depois desta, tem mais duas atuações em Cidade Jardim, suficientes para lhe credenciar à vitória . O apostador iludido risca. Ela vai lá e ganha fácil. E tome dinheiro pelo ralo.

Não estudei ainda a programação para domingo e segunda, que podem conter erros semelhantes, posto que eles se repetem semana após semana. Fico sempre na esperança que tudo se corrija e nada. Aí, só resta tomar a atitude que tomo aqui. Expor o problema, reclamar. Aí, os responsáveis pelos erros se magoam, ficam de mal, empurram com a barriga, dizem que o problema não é com eles. A mim me parece que todos os envolvidos têm sua parcela de culpa. A revista deixa bem claro que os retrospectos são de responsabilidade dos Jockeys Clubs, mas isso é muito vago. Que setor? Que pessoa? É capaz deles culparem o computador, o programa. O famoso corporativismo que protege todos os incompetentes. Outra coisa, a Turf Brasil devia ter um padrão de qualidade, se orgulhar de dizer: " Se eles erram, nós corrigimos". Infelizmente, não é o que acontece, todos as falhas passam batidas. É preciso que saibam, que embora não tenham culpa, se acomodam, não se indignam (aposto que comigo eles vão se indignar), não exigem providências. Afinal, são suas páginas que estão vindo com falta de dados, induzindo o pobre do apostador a comprar gato por lebre. Será que está faltando concorrência, para eles se mexerem com maior rapidez?

5 comentários:

  1. Excelente a sua matéria, Aron. A revista não pode conter tantos erros. E o que é pior, os erros vem se repetindo semana após semana. E o preço? R$ 15,00 aqui em Curitiba, o que eu acho muito caro. Em um mês dá R$ 60,00 - o que dá para comprar um bom livro.

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  2. Sabe o que dá mais raiva: eles fingem que não vêem. Vocês denunciam e eles não fazem nada. O retrospecto da Provinciana só sabia quem acompanha as carreiras diariamente. E são muito poucos que fazem isso.

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  3. Você tem razão Aron. A revista além de fedida (a tinta daquela impressão deve ser de péssima qualidade) é muito cara para ocorrer este tipo de equívoco. Para um material que é editado com tantas propagandas, não é possível que seja tão caro. Acredito que os blogs e o retrospecto no site do Jockey é a saída do apostador com mais recursos, só que os mais tradicionais e quem não tem condições, acaba comprando gato por lebre.

    Abraços e parabéns pelo ótimo trabalho, Eduardo

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  4. Temos colocado várias vezes as erratas aqui no Blog. Ontem mesmo, nos comentários da Gávea, mencionei as corridas da Provinciana. Não abri a postagem exclusiva, como em outras vezes, por um problema ético e pelo n° de vezes que isso tem acontecido. Também, pensando bem, por que o erro não é nosso.
    O curioso é que o Manojo,em seu tempo de O Coruja, impresso ainda em linotipia, tinha um caderninho onde anotava tudo. Agora, em plena era da microinformática, come bola a toda hora. Quanto a uma possível concorrente pode estar certo que é inviável economicamente. O n° de exemplares vendidos não cobre a edição. Só patrocínios e anúncios garantem a circulação. O caminho é mesmo digital.

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  5. Muito bom seu comentário.Dei nota máxima.
    A falta de concorrência é um dos motivos do eventual ¨desleixo¨e a condição de colocar a culpa em outros órgãos.A outra é a fraca imagem que tem o turfe impedindo a participação de mais patrocinadores.Ninguém quer utilizar uma mídia que atende a um fraco número de leitores.
    O futuro inexoravelmente passa pela internet. Os custos de distribuição, impressão e principalmente do papel são motivos mais que suficientes para a mudança dos hábitos.
    Já é hora dos responsáveis pela revista pensarem em alternativas e criar um site onde a atualização é mais rápida evitando os constantes erros.
    Forte abraço
    Miranda Neto

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